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Novo Pix chega ao BB: entenda o que muda na sua conta

Você já se esqueceu de pagar uma fatura, deixou vencer uma mensalidade ou precisou correr atrás de um boleto perdido no e-mail? Pois esse tipo de contratempo pode estar com os dias contados. O Banco do Brasil anunciou que, a partir do dia 29 de maio, seus clientes terão acesso à nova funcionalidade do Pix Automático, um recurso que promete transformar — e automatizar — a forma como lidamos com contas recorrentes.

Mas a notícia vai além da praticidade. Essa mudança é um passo importante na evolução dos pagamentos digitais no Brasil. Afinal, o Pix já revolucionou transferências instantâneas e o pagamento via QR Code.

Agora, a meta é desburocratizar também os débitos mensais, substituindo — ou, quem sabe, aposentando — o tradicional débito automático.

A nova ferramenta pode parecer simples à primeira vista, mas esconde uma lógica robusta de funcionamento, regras específicas de segurança e implicações tanto para consumidores quanto para empresas.

E no fim, resta uma pergunta: será que o Pix Automático vai realmente facilitar a sua vida ou trará novas dores de cabeça?

Uma nova forma de fazer Pix está disponível no Banco do brasil; entenda como deve funcionar a novidade e quem poderá se beneficiar com ela agora.
Uma nova forma de fazer Pix está disponível no Banco do brasil; entenda como deve funcionar a novidade e quem poderá se beneficiar com ela agora – Foto: arquivo nosso.

Como funciona o Pix Automático e o que muda para o cliente

O Pix Automático é uma solução desenvolvida pelo Banco Central e agora implementada pelo Banco do Brasil, que será a primeira instituição a liberar a funcionalidade em larga escala.

A proposta é clara: tornar mais fácil o pagamento de contas recorrentes — como assinaturas, mensalidades escolares, academias, planos de saúde e muito mais.

Na prática, o cliente autoriza uma única vez o débito recorrente, seja por notificação no aplicativo do banco ou escaneando um QR Code fornecido pela empresa contratada.

A partir dessa autorização, os pagamentos passam a ser feitos automaticamente, sem a necessidade de confirmar manualmente a cada mês.

Mas, para garantir a segurança, o sistema conta com um limite de valor por cobrança definido pelo usuário. Se o valor da fatura ultrapassar o limite autorizado, o pagamento será automaticamente recusado — protegendo o consumidor contra cobranças indevidas ou surpresas desagradáveis.

Outro ponto positivo: o cliente é notificado em tempo real sobre tudo que acontece — autorizações pendentes, cobranças agendadas, pagamentos realizados ou falhas nos débitos.

Ou seja, mesmo sendo automático, o controle ainda está nas mãos do consumidor.

Veja mais: Banco Central 2025: PIX parcelado estará disponível em BREVE!

Empresas também ganham: mais previsibilidade e menos inadimplência

Para os empreendedores, a chegada do Pix Automático representa uma mudança significativa na gestão de receitas recorrentes. Em vez de depender do pagamento manual por parte dos clientes, as empresas podem garantir recebimentos pontuais e automáticos — algo essencial para o fluxo de caixa.

O Banco do Brasil disponibilizou estruturas de contratação que se adaptam ao porte e à tecnologia de cada negócio. Além disso, empresas terão até 90 dias antes do débito para enviar a agenda de cobranças, permitindo uma melhor organização e planejamento.

Essa previsibilidade ajuda a reduzir inadimplência e também os custos operacionais com cobrança e reenvio de boletos.

Grandes redes, pequenos negócios, escolas, academias e plataformas de assinatura devem ser os primeiros a aderir, aproveitando o potencial dessa inovação para melhorar a relação com seus clientes.

Mas ainda há um detalhe: a funcionalidade só estará disponível para quem for cliente do Banco do Brasil, pelo menos por enquanto.

Leia também: Golpes via PIX são Aplicados contra Brasileiros, veja como se proteger!

Regulamentação, calendário e o que esperar para o futuro do Pix

O Pix Automático está sendo liberado no Banco do Brasil antes do lançamento oficial do sistema em todo o país, que deve acontecer em junho de 2025. Até lá, os demais bancos e instituições financeiras precisam concluir suas fases de testes e integrar a funcionalidade em suas plataformas.

O Banco Central foi claro: todas as instituições participantes do Pix deverão oferecer a nova modalidade. E isso não é pouca coisa.

Em um país com mais de 160 milhões de chaves Pix registradas, o impacto pode ser gigantesco. Especialistas já apontam que o Pix Automático tem potencial para substituir o débito automático tradicional, que depende de convênios com cada banco.

Ainda não se sabe se o cliente poderá cancelar a autorização a qualquer momento (embora seja provável que sim), nem como será a adesão dos demais bancos.

Mas o que já está claro é que o Pix, mais uma vez, vai muito além da transferência entre amigos — e caminha rapidamente para se tornar a principal ferramenta de pagamentos do país.

Pix vai dominar tudo — e isso inclui suas contas mensais

O Pix Automático não é só mais uma novidade bancária. É a consolidação de uma mudança cultural nos hábitos financeiros do brasileiro.

Pagamentos mais ágeis, controle maior nas mãos do consumidor e menos burocracia para empresas. Mas, como toda nova tecnologia, ele exige atenção, leitura das regras e acompanhamento próximo.

Se bem utilizado, o novo recurso pode acabar com os esquecimentos, facilitar sua vida e dar mais previsibilidade às suas finanças. Mas se for ativado sem critério ou sem entender os limites, pode trazer dores de cabeça inesperadas.

Rodrigo Peronti

Rodrigo é jornalista, formado desde 2012, especializado em Comunicação e Semiótica e atuou em grandes veículos de imprensa digital, Rádio e TV no interior de SP. Escreve e produz conteúdo com foco em mídias digitais desde 2019.

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