Ser dono do próprio negócio, fazer seu próprio horário, lucrar com o que ama fazer… A ideia de abrir um MEI — Microempreendedor Individual — encanta milhões de brasileiros. E não é para menos. O processo é simples, os custos são baixos e as vantagens da formalização são muitas.
Mas, por trás dessa entrada fácil no empreendedorismo, esconde-se um desafio que muitos ignoram: sobreviver ao primeiro ano.
A cada mês, milhares de CNPJs MEI são abertos no Brasil. No entanto, uma parte expressiva deles fecha as portas antes mesmo de completar 12 meses.
E não é falta de força de vontade — é falta de preparo, gestão e estrutura. A maioria dos erros que levam ao fim de um pequeno negócio são evitáveis, mas continuam sendo cometidos dia após dia.
Neste artigo, você vai descobrir os 7 erros fatais que mais derrubam MEIs e entender o que fazer para não cair nas mesmas armadilhas. E lá no final, você encontrará a resposta para a pergunta que todo microempreendedor deve se fazer: o que separa quem desiste de quem prospera?
O começo do fim: os erros que mais matam MEIs
Ser MEI é fácil. Gerenciar um negócio… nem tanto. Muitos começam com entusiasmo, mas tropeçam em erros básicos que, somados, se tornam uma sentença de falência.
1. Misturar as finanças pessoais com as da empresa
Parece óbvio, mas é o erro número um. Muitos MEIs tratam o caixa da empresa como se fosse o próprio bolso. Usam o dinheiro da venda para pagar conta de luz, compram material da empresa no crédito pessoal, e por aí vai.
Mas sem separar as contas, você nunca vai saber se o negócio realmente dá lucro — e pode afundar sem perceber.
Solução: abra uma conta PJ (mesmo simples), registre todas as entradas e saídas e defina um pró-labore mensal para seus gastos pessoais.
2. Não ter controle de caixa
A falta de controle financeiro é como dirigir no escuro. Muitos não sabem quanto realmente ganham, quanto custa manter o negócio ou se estão cobrando o suficiente. E o pior: precificam “de cabeça” ou baseando-se no que o concorrente cobra.
Solução: use uma planilha, um app gratuito ou um caderno — mas registre tudo. Controle seu fluxo de caixa e precifique com base nos seus custos reais.
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3. Achar que marketing é luxo
“Se eu fizer bem feito, os clientes vêm sozinhos.” Não, não vêm. O melhor produto do mundo morre sem visibilidade. Muitos MEIs não investem um centavo em divulgação e não sabem onde seu público está.
Solução: use redes sociais, faça parcerias locais, distribua cartões, esteja no Google Meu Negócio. Ser visto é ser lembrado.
O que mais pode te derrubar (e como se blindar)
Além da má gestão financeira e da falta de marketing, outros erros invisíveis também sabotam o sucesso de quem empreende pequeno — e sozinho.
4. Estoque desorganizado ou inexistente
Para quem vende produto físico, errar no estoque é perder dinheiro. Ter demais encalha, ter de menos afasta clientes. Mas muitos MEIs não controlam suas mercadorias e acabam comprando no escuro.
Solução: faça um inventário semanal. Compre com base em vendas reais e em projeções seguras. Tenha sempre um mínimo e um máximo por produto.
5. Falta de planejamento
Muitos MEIs começam no impulso. Sem metas, sem plano de negócios, sem ideia de onde querem chegar. E, como diz o ditado, “quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve” — inclusive o da falência.
Solução: defina objetivos (mesmo que simples), analise sua concorrência, saiba quanto precisa faturar por mês e qual será sua estratégia de crescimento.
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6. Mentalidade fraca: o inimigo invisível
Não basta ter produto e estratégia. O estado emocional do empreendedor pesa — e muito. Procrastinação, medo de cobrar o valor justo, desânimo diante das primeiras dificuldades… Tudo isso mina o negócio silenciosamente.
Solução: fortaleça sua mentalidade. Leia, estude, troque experiências com outros empreendedores e, se possível, busque mentorias. A inteligência emocional é seu escudo.
O último erro pode ser o mais grave de todos
7. Achar que ser pequeno dispensa gestão
“Sou só um MEI, não preciso de tudo isso.” Esse pensamento é o começo do fim. Por mais simples que seja seu negócio, ele precisa de gestão, rotina, metas e controle. O tamanho não justifica o amadorismo.
Solução: trate seu MEI como empresa desde o dia 1. Assuma o papel de dono. Estude sobre negócios, nem que seja 15 minutos por dia. A forma como você se enxerga determina como o mercado vai te enxergar.
