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Aumenta o preço da sua conta de luz em junho: o que você precisa saber

Se você achou que as contas de luz ficariam mais baratas, prepare-se para uma surpresa: a bandeira tarifária das contas de energia elétrica no Brasil subiu para vermelha patamar 1. Esse aumento promete impactar diretamente os consumidores e elevar os custos da sua energia elétrica.

A notícia vem da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), que anunciou a mudança após analisar as condições hidrológicas do país. Mas o que isso significa para a sua conta? E como se proteger dessa alta?

Em junho de 2025, o custo por cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos vai subir em R$ 4,463. E se você acha que não há motivo para se preocupar, é melhor pensar duas vezes.

A transição do sistema hidrológico e a maior dependência das usinas termoelétricas aumentam os custos de geração. Isso impacta diretamente sua conta de luz, e a expectativa é que essa tendência continue no futuro próximo.

Com esse cenário em mente, é importante entender o que está acontecendo com a energia elétrica no Brasil e como você pode se adaptar para evitar uma surpresa no final do mês.

O pior aumento da conta de luz está de volta? Entenda o que pode acontecer com seu orçamento mensal já a partir de junho.
O pior aumento da conta de luz está de volta? Entenda o que pode acontecer com seu orçamento mensal já a partir de junho – Foto: Jeane de Oliveira / Procred 360.

O que levou à mudança na bandeira tarifária?

A explicação para o aumento dos custos de energia está diretamente ligada às condições hidrológicas no Brasil. Em uma análise feita pela Aneel, a agência destacou que a geração de energia no país está sendo prejudicada pela redução das chuvas.

Isso afetou diretamente os reservatórios das usinas hidrelétricas, que, com menos água, têm de operar em menor capacidade.

Quando a água nos reservatórios é suficiente, as usinas hidrelétricas geram energia de maneira mais barata. No entanto, com a falta de chuva, a geração hidrelétrica diminui, e é necessário acionar outras fontes de energia, como as usinas termoelétricas.

Essas, por sua vez, são mais caras e geram um custo maior para o Sistema Interligado Nacional (SIN), o que reflete diretamente no aumento da sua conta de luz.

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Além disso, o sistema de bandeiras tarifárias, criado pela Aneel em 2015, visa refletir os custos variáveis de geração de energia.

E é justamente agora, com esse aumento nos custos de geração, que a bandeira vermelha foi acionada, impactando os consumidores.

O impacto real do aumento na sua conta de energia

Com a mudança para a bandeira vermelha patamar 1, cada 100 kWh consumidos terá um acréscimo de R$ 4,463. Parece pouco, mas esse valor pode representar um aumento considerável ao final do mês, especialmente em residências com consumo mais alto de energia.

Por exemplo, se você gasta 200 kWh por mês, o impacto será de R$ 8,926. Para uma casa com um consumo médio de 400 kWh, o valor extra na conta será de R$ 17,852. Com isso, muitos brasileiros precisarão adaptar seus hábitos de consumo para lidar com os custos adicionais.

Vale ressaltar que a bandeira vermelha patamar 1 não é a única opção. Caso a situação se agrave ainda mais, podemos ver a transição para o patamar 2, o que significaria um acréscimo de R$ 7,877 por 100 kWh consumidos. Isso resultaria em um impacto financeiro ainda mais forte.

Por isso, entender o funcionamento dessas bandeiras e se preparar para eventuais aumentos é essencial.

Como se proteger e reduzir o impacto da bandeira vermelha?

Agora que você já sabe como a bandeira vermelha vai afetar sua conta, é hora de pensar em alternativas para reduzir o impacto dessa alta. Aqui estão algumas dicas que podem ajudar você a economizar:

  1. Reduza o consumo de energia: Uma maneira simples de combater o aumento nas tarifas é reduzir o consumo de energia. Desligue aparelhos quando não estiverem em uso e evite deixar luzes acesas desnecessariamente.
  2. Use aparelhos de baixo consumo: Troque lâmpadas incandescentes por lâmpadas de LED, que consomem menos energia. Além disso, substitua aparelhos antigos por modelos mais eficientes.
  3. Atenção ao horário de uso: Aposte no uso de aparelhos de maior consumo, como a máquina de lavar e o ferro de passar, durante horários de menor demanda, evitando o pico de consumo.
  4. Investimentos em eficiência energética: Se possível, faça investimentos em soluções mais eficientes, como painéis solares, que podem ajudar a reduzir a dependência da rede elétrica.
  5. Consumo consciente: Se você tem um ar-condicionado ou aquecedor elétrico, use-os com moderação. Durante o dia, aproveite a ventilação natural e, se possível, faça a manutenção dos aparelhos para garantir que funcionem de maneira mais eficiente.

O que esperar no futuro?

O cenário atual, com o acionamento das usinas termoelétricas e a redução das chuvas, não é algo isolado.

A tendência é que as bandeiras tarifárias variem ao longo dos próximos meses, dependendo da situação hidrológica. Isso significa que o aumento nas tarifas de energia pode continuar, e você precisa estar preparado para essas oscilações.

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É importante que os consumidores fiquem atentos às notícias sobre o sistema energético do Brasil e as atualizações da Aneel, para que possam se planejar adequadamente.

Adaptar-se ao aumento das tarifas e, ao mesmo tempo, buscar alternativas para reduzir o consumo, é essencial para mitigar o impacto financeiro.

Rodrigo Campos

Rodrigo é jornalista, formado desde 2012, especializado em Comunicação e Semiótica e atuou em grandes veículos de imprensa digital, Rádio e TV no interior de SP. Escreve e produz conteúdo com foco em mídias digitais desde 2019.

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