Nova tabela do Imposto de Renda é aprovada pela Câmara com urgência: veja o que muda
A nova tabela do Imposto de Renda, com isenções para novos grupos, foi aprovada recentemente pela Câmara e deve valer a partir de 2026.
O imposto de renda representa uma das principais fontes de arrecadação do Estado brasileiro, viabilizando investimentos em saúde, educação, segurança e programas sociais. Além disso, cumpre um papel fundamental na redistribuição de renda.
Ela aplica alíquotas progressivas conforme o nível salarial de cada contribuinte. Essa estrutura visa tornar o sistema tributário mais justo, exigindo mais de quem ganha mais e protegendo os que vivem com rendas mais baixas.
A tabela do imposto de renda, portanto, precisa refletir a realidade econômica da população, acompanhando os reajustes salariais e a inflação acumulada ao longo do tempo. Sempre que o governo atualiza os valores da tabela, essa medida impacta diretamente o orçamento de milhões de brasileiros.

Neste artigo, você confere:
Câmara aprova urgência na votação da nova tabela do Imposto de Renda
A Câmara dos Deputados aprovou, em 16 de junho, o regime de urgência para a votação do projeto de lei que corrige a tabela do imposto de renda. Esse movimento permite que o texto siga diretamente para o plenário, sem a necessidade de passar pelas comissões temáticas, acelerando a análise.
O requerimento teve votação simbólica, sem contagem nominal de votos, e contou com articulação do governo para garantir sua tramitação rápida. A medida atende a uma promessa do Executivo de atualizar a base de cálculo do IR para beneficiar principalmente os trabalhadores com menores rendimentos.
O projeto de lei apresentado pelo líder do governo, deputado José Guimarães, substitui a medida provisória enviada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em abril deste ano. Como a comissão mista que analisaria a MP não foi instalada, o governo optou por apresentar o texto como projeto de lei.
A proposta mantém os mesmos parâmetros previstos anteriormente, garantindo que os novos valores passem a valer a partir de maio de 2025. Essa estratégia legislativa visa evitar lacunas legais e garantir segurança jurídica na aplicação das novas faixas de isenção e tributação.
A decisão de colocar o tema em regime de urgência reforça a importância da correção da tabela no contexto econômico atual. O salário mínimo está fixado em R$ 1.518 desde o início do ano, mas sem a atualização correspondente na tabela do imposto de renda.
Com isso, muitos trabalhadores passaram a pagar imposto mesmo recebendo apenas dois salários mínimos. A aprovação rápida do projeto se torna, portanto, uma questão de justiça fiscal, além de atender à demanda popular por um sistema tributário mais adequado à realidade econômica atual.
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O que muda com a nova tabela do Imposto de Renda?
A principal mudança promovida pela nova tabela do imposto de renda está nas duas primeiras faixas de rendimento, que concentram os trabalhadores com menor capacidade contributiva. A faixa de isenção, que antes incluía rendimentos de até R$ 2.259,20, passa a abranger salários de até R$ 2.428,80.
Isso configura uma correção de 7,5%. Com o desconto simplificado de R$ 607,20, os contribuintes que ganham até R$ 3.036 por mês, o equivalente a dois salários mínimos, também se tornam isentos do imposto. Essa ampliação representa um alívio significativo no orçamento de milhares de brasileiros.
A segunda faixa da tabela, que aplica alíquota de 7,5%, agora compreende rendimentos entre R$ 2.428,81 e R$ 2.826,65. Nessa faixa, o ajuste ocorreu apenas no valor de entrada, que foi atualizado em 7% para acompanhar o novo limite da faixa anterior.
As demais faixas permanecem inalteradas: a terceira, com alíquota de 15%, cobre rendimentos de R$ 2.826,66 a R$ 3.751,05; a quarta, com 22,5%, vai de R$ 3.751,06 a R$ 4.664,68; e a quinta, com 27,5%, incide sobre valores acima de R$ 4.664,68.
Embora a correção tenha sido parcial e limitada às faixas inferiores, o impacto é sentido por todos os contribuintes. Como a tabela é progressiva, mesmo quem se enquadra em faixas mais altas se beneficia da redução nas cobranças aplicadas sobre os primeiros intervalos de rendimento.
Isso ocorre porque o imposto incide de forma escalonada, calculando alíquotas separadas para cada fatia da renda. Assim, quanto maior a base de isenção, menor será o valor total pago, o que gera reflexos positivos para diferentes perfis de contribuintes, sem comprometer a lógica da progressividade fiscal.
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Benefícios para consumidores
A atualização da tabela do imposto de renda proporciona ganhos diretos para milhões de brasileiros, especialmente os que possuem salários mais baixos. A isenção para quem recebe até dois salários mínimos alivia a carga tributária de uma parcela expressiva da população.
Essa medida ajuda a equilibrar o orçamento familiar e impulsiona o consumo, principalmente em tempos de inflação e juros elevados. Com mais dinheiro disponível, o cidadão pode priorizar despesas essenciais, como alimentação, transporte e saúde.
Além disso, a mudança favorece a justiça social ao tornar o sistema tributário mais coerente com a realidade econômica do país. Ao corrigir a defasagem acumulada da tabela, o governo busca restaurar o poder de compra de trabalhadores que vinham sendo penalizados pela ausência de reajustes.
Isso também reduz a informalidade e incentiva a formalização de vínculos empregatícios, já que a tributação passa a ser percebida como mais justa. A medida, portanto, não se limita ao alívio imediato, mas contribui para a construção de uma estrutura fiscal mais equilibrada.
Por fim, a correção impacta diretamente a arrecadação federal, mas de maneira planejada. Segundo estimativas da Receita Federal, a renúncia fiscal será de R$ 3,29 bilhões em 2025, valor menor em razão da vigência a partir de maio.
Para 2026 e 2027, os impactos sobem para R$ 5,34 bilhões e R$ 5,73 bilhões, respectivamente. Esses números indicam que o governo optou por uma correção gradual e financeiramente responsável, que concilia o alívio tributário com a sustentabilidade das contas públicas.
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