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Vale-alimentação sofre alterações ainda em 2025: veja o que muda

O vale-alimentação deve receber algumas mudanças que estavam previstas pelo governo há algum tempo. Elas podem chegar antes do final de 2025.

O vale-alimentação representa um dos principais benefícios concedidos pelas empresas aos seus colaboradores, especialmente no contexto urbano e industrializado em que a rotina de trabalho muitas vezes inviabiliza a preparação de refeições em casa.

Criado com o objetivo de garantir acesso à alimentação de qualidade, esse benefício não é obrigatório pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), mas se tornou amplamente adotado devido à sua presença em acordos coletivos.

Além disso, esse benefício funciona como uma importante ferramenta de gestão de pessoas, fortalecendo o vínculo entre empregador e colaborador. Em razão disso, toda alteração nas regras que regem o vale-alimentação afeta diretamente a dinâmica do ambiente corporativo.

Em breve, o vale-alimentação vai passar por importantes alterações.
Em breve, o vale-alimentação vai passar por importantes alterações. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / procred360.com.br

Vale-alimentação vai receber alterações em 2025

A partir de 2025, o vale-alimentação passará por transformações relevantes que exigem atenção tanto de empregadores quanto de trabalhadores. A principal mudança envolve a portabilidade do saldo entre operadoras, permitindo que o colaborador escolha a empresa fornecedora com melhor cobertura.

Essa novidade, embora traga mais autonomia ao trabalhador, desafia as empresas a reverem cláusulas específicas nos acordos coletivos, pois tais ajustes passam a ser estratégicos para garantir conformidade e eficiência na gestão de benefícios.

Com isso, empregadores precisarão adaptar práticas internas e avaliar como essas mudanças impactarão seus custos operacionais. A nova regra pressiona empresas a reverem contratos com fornecedores de vale-alimentação, assegurando condições vantajosas e compatíveis com os cobradores.

Além disso, revisões contratuais devem abranger aspectos legais e contábeis, especialmente diante das novas exigências que surgirão com a ampliação da liberdade do trabalhador em escolher a operadora de seu cartão.

O papel do PAT nas mudanças

Mesmo com as alterações previstas, o Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT) permanece como um pilar estratégico para as empresas. Instituído em 1976, o PAT oferece incentivos fiscais às organizações que fornecem alimentação aos empregados, incluindo deduções no Imposto de Renda.

Ao diferenciar o benefício do salário, o programa também evita encargos trabalhistas, o que reforça seu valor para a estrutura financeira empresarial. Dessa forma, empresas que aderem ao PAT usufruem de vantagens operacionais enquanto garantem segurança jurídica em suas relações de trabalho.

Contudo, para manter o caráter indenizatório do benefício, é fundamental que o vale-alimentação continue sendo destinado exclusivamente à alimentação. Isso significa que a distribuição do benefício deve ocorrer preferencialmente por meio de cartão eletrônico, o que garante rastreabilidade.

Essa medida não só reduz o risco de passivos trabalhistas como também simplifica o controle interno. Além disso, fortalece o vínculo entre o benefício e sua finalidade original, consolidando a legalidade do procedimento adotado pelas empresas.

Adicionalmente, as organizações que optam pelo PAT devem alinhar-se às normas específicas do programa, incluindo a prestação de contas e a manutenção dos registros. Essas exigências, embora tragam responsabilidades, proporcionam mais tranquilidade jurídica e credibilidade institucional.

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Benefícios da portabilidade do saldo dos vales

A possibilidade de portabilidade do saldo do vale-alimentação cria um ambiente de maior liberdade para os trabalhadores e pressão por inovação entre as operadoras. Ao permitir que o colaborador transfira os valores não utilizados para uma nova operadora, a legislação confere maior autonomia ao beneficiário.

Essa flexibilidade amplia o poder de escolha do trabalhador, que poderá optar por operadoras com taxas mais baixas, rede credenciada mais ampla ou serviços adicionais. Isso representa um ganho significativo na experiência de uso, além de incentivar maior engajamento com o benefício oferecido.

Do ponto de vista das empresas, essa mudança exige uma adaptação cuidadosa, pois os contratos atuais com operadoras poderão se tornar obsoletos diante da nova dinâmica. As organizações precisarão revisar acordos coletivos para prever regras específicas sobre a portabilidade.

Além disso, a portabilidade pode influenciar na negociação com os fornecedores, permitindo condições mais favoráveis ou exigindo cláusulas que considerem a rotatividade dos colaboradores entre operadoras, para garantir os direitos.

Outro impacto relevante está na competitividade do setor. Com a nova regra, as operadoras precisarão investir em melhorias para atrair e reter usuários, o que poderá beneficiar tanto empresas quanto trabalhadores.

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Como o vale-alimentação funciona atualmente?

Atualmente, o vale-alimentação é oferecido como um benefício adicional ao salário, majoritariamente por meio de cartões eletrônicos administrados por operadoras especializadas. Embora não seja obrigatório, sua concessão decorre de acordos coletivos firmados entre empresas e sindicatos.

Esses contratos costumam estabelecer valores mínimos mensais, prazos de pagamento e até limites de uso, o que exige atenção constante das áreas de recursos humanos. Além disso, as regras internas precisam estar alinhadas à legislação vigente, especialmente no que se refere ao caráter indenizatório.

Em sua forma atual, o vale-alimentação não integra o salário e não sofre incidência de encargos trabalhistas, desde que respeite as diretrizes do PAT. Isso torna o benefício financeiramente vantajoso para as empresas, pois contribui para o bem-estar dos funcionários sem aumentar a folha de pagamento.

Por fim, a concessão do vale-alimentação também reforça a imagem institucional da empresa perante o mercado e seus colaboradores. Empresas que investem em benefícios demonstram preocupação com a qualidade de vida e valorização de seus profissionais.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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