Novo golpe do Pix usa ‘mão fantasma’ para controlar apps bancários no celular da vítima
O novo golpe do Pix envolve uma engenharia de invasão de celulares, fazendo com que os golpistas consigam mexer de forma remota nos apps da vítima.
Nos últimos anos, os golpes online evoluíram de maneira alarmante, acompanhando o avanço tecnológico e a crescente digitalização dos serviços financeiros. A internet, que oferece inúmeras facilidades, também se tornou um terreno fértil para ações criminosas sofisticadas.
Elas visam, sobretudo, o roubo de dados sensíveis e valores em contas bancárias. As vítimas, muitas vezes desavisadas, são atraídas por abordagens cada vez mais convincentes, que misturam engenharia social, aplicativos legítimos e manipulações psicológicas.
Por isso, compreender como essas fraudes operam é essencial não apenas para evitar prejuízos financeiros, mas também para garantir a integridade das informações pessoais. Nesse contexto, uma nova variação do golpe do Pix tem chamado a atenção de especialistas e autoridades.

Neste artigo, você confere:
Novo golpe do Pix usa acesso remoto ao celular das vítimas
A nova modalidade de golpe do Pix começa com uma ligação inesperada, na qual o criminoso se apresenta como um suposto funcionário do banco. De maneira convincente, o golpista afirma que há um problema na conta ou no aplicativo da vítima, criando um senso de urgência para desestabilizar a vítima.
Para “solucionar o problema”, ele solicita a instalação de um aplicativo de acesso remoto, como o TeamViewer, amplamente utilizado por profissionais de suporte técnico. O uso de um software legítimo aumenta a credibilidade do golpe e reduz a desconfiança da vítima.
Logo após a instalação, o fraudador solicita o código de acesso gerado pelo aplicativo para assumir o controle total do dispositivo. A vítima, acreditando que está recebendo ajuda do banco, fornece as informações sem perceber o risco.
A partir desse momento, o criminoso passa a operar o aparelho como se fosse o dono, abrindo o aplicativo bancário e solicitando que a vítima insira sua senha para uma suposta “verificação”. Essa etapa é crucial para a concretização do golpe, pois o acesso à conta bancária é totalmente liberado.
Com o sistema em mãos e a vítima enganada, o fraudador realiza transferências via Pix em valores elevados, geralmente em poucos minutos. Como o sistema do Pix é instantâneo, não há tempo hábil para reverter a transação.
A empresa de segurança Kaspersky revelou que só em 2024 foram registradas 6.667 tentativas desse tipo de golpe no Brasil, número que cresceu ainda mais nos primeiros meses de 2025. A escalada desse crime revela o quanto os criminosos se adaptam rapidamente às mudanças tecnológicas.
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Como evitar o novo golpe do Pix?
A prevenção continua sendo a forma mais eficaz de combater o golpe do Pix. Em primeiro lugar, é fundamental desconfiar de qualquer ligação recebida de supostos representantes de bancos, sobretudo quando há pedidos para instalação de aplicativos ou fornecimento de informações sensíveis.
As instituições financeiras deixam claro que jamais solicitam esse tipo de ação por telefone. Portanto, ao receber uma chamada suspeita, o ideal é desligar imediatamente e procurar o banco pelos canais oficiais para avisar do ocorrido.
Outro ponto importante está na verificação da legitimidade das solicitações. Mesmo que o atendente apresente dados verdadeiros ou argumentos convincentes, é essencial checar com a instituição por conta própria.
O contato deve ser feito utilizando apenas os meios de comunicação fornecidos no site ou aplicativo oficial do banco. Essa etapa simples pode evitar grandes prejuízos, pois impede que o criminoso continue a fraude iniciada por telefone.
Além disso, o uso de medidas adicionais de proteção digital torna a invasão dos dispositivos mais difícil. A autenticação em dois fatores, por exemplo, oferece uma camada extra de segurança ao exigir um segundo código além da senha principal.
Como tornar o celular mais seguro?
- Nunca instale apps por recomendação de desconhecidos: Mesmo que o aplicativo seja legítimo, como no caso do golpe do Pix, ele pode ser usado com finalidades criminosas se instalado sob orientação enganosa.
- Use senhas únicas e fortes: Evite repetir senhas em diferentes plataformas e utilize um gerenciador de senhas para mantê-las seguras. Senhas fracas facilitam o acesso a múltiplas contas em caso de vazamento.
- Mantenha os apps atualizados e use antivírus confiável: Atualizações corrigem falhas de segurança que podem ser exploradas por hackers. Além disso, um bom antivírus detecta atividades suspeitas e ajuda a bloquear ações maliciosas.
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O que fazer se for vítima do golpe do Pix?
Caso alguém caia no golpe do Pix, agir com rapidez é fundamental para tentar mitigar os danos. A primeira medida deve ser entrar em contato imediato com o banco, utilizando os canais oficiais, para informar a fraude e solicitar o bloqueio da conta ou das movimentações suspeitas.
Também é essencial registrar um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima ou por meio da delegacia virtual, caso esteja disponível em sua região. Esse documento é importante tanto para efeitos legais quanto para dar início a uma possível apuração por parte das autoridades competentes.
Por fim, é recomendável alterar todas as senhas de serviços online acessados no celular comprometido, incluindo e-mails, redes sociais e contas de outros bancos. O ideal é usar um dispositivo diferente para essas mudanças, já que o original pode ter sido infectado.
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