Conta de luz continua alta com permanência da bandeira vermelha em julho
Em julho, a conta de luz deve continuar com taxas mais altas devido à aplicação da bandeira vermelha no mês anterior.
Mesmo durante o inverno, período em que o consumo de energia costuma ser menor em algumas regiões do país, diversos fatores podem provocar o aumento na conta de luz. As condições climáticas, principalmente a baixa incidência de chuvas, afetam os níveis dos reservatórios das hidrelétricas.
Quando o volume de água que chega aos reservatórios cai abaixo da média histórica, como tem ocorrido recentemente, as autoridades precisam acionar fontes alternativas, como as termelétricas, que têm custos mais altos de operação.
Essa mudança na matriz de geração de energia impacta diretamente o valor final das tarifas aplicadas nas residências e nos estabelecimentos comerciais. Diante desse cenário, é essencial compreender os mecanismos que influenciam esse aumento e conhecer formas de reduzir os gastos com eletricidade.

Neste artigo, você confere:
Aneel opta por manter alta na conta de luz
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu manter, para o mês de julho de 2025, a cobrança da bandeira vermelha patamar 1 na conta de luz, o que representa um acréscimo de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos.
A justificativa para a permanência dessa tarifa mais elevada está diretamente ligada ao volume insuficiente de chuvas, o que compromete a produção de energia pelas hidrelétricas. Com a redução no volume de água nos reservatórios, torna-se necessário acionar outras fontes de energia.
Esse tipo de medida, embora necessária para manter a estabilidade do sistema elétrico, gera impactos significativos no bolso do consumidor. Com o acionamento das bandeiras tarifárias mais altas, mesmo pequenas variações no consumo doméstico se traduzem em aumentos visíveis na fatura mensal.
Diante disso, a Aneel reforça a necessidade de adoção de práticas conscientes, como evitar o desperdício de energia e priorizar o uso eficiente dos equipamentos elétricos. Essa atitude ajuda não apenas a controlar os gastos pessoais, mas também a colaborar com a preservação dos recursos naturais.
A agência recomenda que a população redobre a atenção com os hábitos de consumo durante o período de vigência da bandeira vermelha. A ideia é incentivar uma cultura de uso racional da energia elétrica, minimizando o impacto financeiro causado pelas tarifas mais altas.
Por que a conta de luz ficou mais cara?
O principal fator por trás do aumento na conta de luz é a redução das chuvas, que compromete os reservatórios das hidrelétricas. Com isso, o governo aciona usinas mais caras, como as termelétricas, que exigem combustíveis fósseis para gerar eletricidade.
Esse tipo de geração, além de custosa, é menos sustentável, e seu uso constante eleva os custos de todo o sistema. Ao considerar esses fatores, a Aneel ativa bandeiras tarifárias que indicam a necessidade de cobranças adicionais na conta de luz.
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Como funcionam as bandeiras tarifárias?
Criado em 2015 pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias tem o objetivo de informar o consumidor sobre o custo real da geração de energia e sinalizar quando ele está mais alto. Esse sistema utiliza cores, semelhantes a um semáforo, para indicar o nível de encarecimento da produção elétrica:
- Bandeira verde: Não há cobrança adicional, pois as condições de geração estão favoráveis.
- Bandeira amarela: Há cobrança extra de R$ 2,989 a cada 100 kWh consumidos. Isso indica uma leve elevação no custo de geração de energia.
- Bandeira vermelha patamar 1: Acrescenta R$ 4,46 a cada 100 kWh. Reflete a necessidade de uso de fontes mais caras e menor volume de água nos reservatórios.
- Bandeira vermelha patamar 2: Implica em cobrança de R$ 7,50 a cada 100 kWh. Aponta para um cenário crítico de geração, com alto uso de termelétricas.
- Bandeira escassez hídrica (caso aplicada): Em situações extremas, o valor adicional pode superar os R$ 14,20 por 100 kWh. A Aneel aplica essa bandeira em períodos prolongados de seca intensa.
O sistema de bandeiras permite ao consumidor antecipar o impacto das condições de geração no valor da conta e, assim, ajustar seus hábitos de consumo. Além disso, oferece mais transparência sobre como o setor lida com a oferta de energia frente às variações climáticas e operacionais.
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Como economizar na conta de luz?
Diante da cobrança adicional provocada pela bandeira vermelha, é fundamental adotar estratégias eficazes para reduzir o consumo e minimizar o impacto financeiro. A seguir, confira cinco dicas práticas para economizar energia no dia a dia:
- Desligue equipamentos da tomada quando não estiverem em uso: Aparelhos em modo standby continuam consumindo energia. Tirar da tomada ajuda a cortar esse gasto invisível.
- Dê preferência a lâmpadas LED: Mais econômicas e duráveis, as lâmpadas de LED consomem até 80% menos energia do que as fluorescentes e incandescentes.
- Evite banhos longos com chuveiro elétrico: Durante o inverno, o chuveiro exige mais energia. Limite o tempo de uso e, se possível, opte por horários de menor demanda.
- Use eletrodomésticos de forma consciente: Junte roupas para lavar de uma vez, evite abrir a geladeira com frequência e use o ar-condicionado com temperatura controlada.
- Aproveite a luz natural ao máximo: Durante o dia, mantenha cortinas abertas e ambientes bem iluminados naturalmente. Isso reduz a necessidade de lâmpadas acesas por longos períodos.
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