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MEI pode ter acesso exclusivo a um auxílio financeiro especial; saiba como

O MEI pode ter direito a um auxílio financeiro, mas é importante conferir as regras para ter certeza de que está apto.

O MEI (Microempreendedor Individual) representa hoje uma das principais portas de entrada para trabalhadores autônomos que desejam formalizar suas atividades no Brasil. Ele conta com a possibilidade de emitir notas fiscais, contribuir para a Previdência Social e acessar benefícios específicos.

Para se ter ideia, essa categoria já ultrapassa 15 milhões de registros em todo o país. O modelo simplificado de tributação atrai pequenos negócios e profissionais que buscam mais segurança jurídica, mas ao mesmo tempo carrega desafios típicos da vida empreendedora.

Entre eles está a ausência de garantias trabalhistas que um empregado com carteira assinada teria em caso de afastamento por doença. Nesse contexto, o acesso a auxílios financeiros do INSS se torna um recurso vital para assegurar estabilidade mínima diante de situações inesperadas.

Se você é MEI, saiba sobre o auxílio financeiro disponível pelo INSS.
Se você é MEI, saiba sobre o auxílio financeiro disponível pelo INSS. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / procred360.com.br

MEI pode ter auxílio financeiro do INSS

O auxílio financeiro destinado ao MEI surge como uma importante rede de proteção para aqueles que enfrentam problemas de saúde e precisam se afastar de suas atividades. O benefício, custeado pelo INSS, garante ao microempreendedor individual um salário mínimo mensal durante o período de incapacidade.

Para muitos trabalhadores, essa medida representa não apenas um suporte financeiro, mas também um alívio emocional, já que reduz a preocupação com as contas em meio ao tratamento. Dessa forma, o auxílio reforça a relevância de manter a contribuição em dia com a Previdência Social.

Além disso, o período de afastamento garantido é de, no mínimo, 60 dias. Essa determinação assegura que o MEI tenha tempo adequado para se recuperar antes de retomar suas atividades. A continuidade do pagamento, entretanto, dependerá da avaliação médica.

Portanto, o auxílio não possui prazo máximo fixo, permanecendo ativo enquanto for comprovada a incapacidade para o trabalho. Isso assegura que a proteção não seja apenas imediata, mas proporcional às necessidades de saúde do trabalhador.

O benefício também fortalece a percepção de que a formalização traz vantagens reais ao microempreendedor. Ao contrário de trabalhadores informais, que ficam desassistidos em momentos de fragilidade, o MEI conta com o respaldo institucional do INSS.

Esse diferencial não apenas garante mais segurança, mas também incentiva a formalização de novos negócios, ampliando o alcance das políticas de proteção social. Assim, o auxílio financeiro para o MEI cumpre um papel estratégico tanto no âmbito individual quanto coletivo.

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Quais as regras para receber o auxílio?

Para acessar o benefício, o MEI precisa cumprir requisitos básicos estabelecidos pelo INSS. O primeiro deles é estar com as contribuições mensais em dia, pois só assim o trabalhador mantém a condição de segurado.

Além disso, é necessário ter realizado pelo menos 12 contribuições antes da solicitação, formando a chamada carência mínima. Essa regra garante que o auxílio seja direcionado a quem efetivamente contribui para o sistema, preservando o equilíbrio previdenciário.

Outro ponto fundamental é a comprovação da incapacidade temporária para o trabalho. Essa avaliação é feita por meio de perícia médica do INSS, que pode ocorrer de forma presencial ou, em alguns casos, ser substituída por atestado médico recente.

O documento deve ter sido emitido em até 30 dias antes do pedido e precisa conter todas as informações exigidas pela Previdência. Essa exigência assegura que o benefício seja concedido apenas a quem realmente não tem condições de exercer suas atividades.

Além da perícia, o MEI deve apresentar documentos pessoais e registros que comprovem sua situação como contribuinte ativo. Essa documentação se soma aos laudos médicos, fortalecendo a análise do caso. Cumpridos esses requisitos, o microempreendedor pode ter acesso ao auxílio sem grandes dificuldades.

Qual o valor do benefício?

O valor definido para o auxílio financeiro ao MEI corresponde a um salário mínimo mensal. O pagamento começa após a aprovação do pedido e permanece durante todo o período de afastamento validado pelo médico perito.

Não existe limite máximo de tempo, já que a duração depende diretamente da avaliação da condição de saúde do trabalhador. Essa estrutura garante que o benefício não seja interrompido de forma arbitrária, mas sim de acordo com a real necessidade de recuperação do microempreendedor.

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Como o MEI pode solicitar o auxílio?

O processo de solicitação do auxílio financeiro é simples e pode ser feito de maneira digital pelo aplicativo ou site do Meu INSS. O primeiro passo é realizar o login na plataforma com os dados pessoais. Em seguida, o MEI deve selecionar a opção “Do que você precisa?” e digitar “Auxílio-doença”.

Depois disso, basta preencher as informações solicitadas e agendar a perícia médica. Dependendo da situação, a avaliação pode ser presencial ou realizada com base em documentos digitais. Essa flexibilidade torna o acesso mais ágil e menos burocrático.

Após a análise, o resultado pode ser consultado diretamente pelo sistema ou pelo telefone do INSS. Caso o pedido seja negado, o microempreendedor ainda tem direito de recorrer da decisão, apresentando novos documentos ou atualizações médicas.

Documentos comprobatórios

Para solicitar o auxílio, o MEI precisa reunir:

  • Documento de identidade e CPF
  • Comprovante de contribuição ao INSS
  • Laudos e atestados médicos recentes
  • Relatórios que atestem a incapacidade para o trabalho

Esses documentos comprovam a condição do trabalhador e permitem que a análise seja feita de forma completa e transparente. A organização antecipada desses registros acelera o processo e reduz as chances de negativa.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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