Finanças

Saiba quanto custa tirar CNH em todos os estados brasileiros

A CNH é um documento essencial, mas que pode custar muito caro e, por isso, muitos optam por não tirar o documento tão cedo

A Carteira Nacional de Habilitação (CNH) representa muito mais do que um simples documento de identificação. Ela simboliza autonomia, responsabilidade e liberdade de locomoção para milhões de brasileiros.

Dirigir legalmente garante acesso a oportunidades de emprego, facilita deslocamentos e amplia a integração social. No entanto, o processo para obter a CNH ainda é considerado caro e burocrático, o que limita o acesso de grande parte da população.

Esse obstáculo econômico reflete um desafio social relevante, pois impede que cidadãos de baixa renda regularizem sua situação e dirijam de forma segura. Diante desse cenário, o debate sobre formas de tornar o processo mais acessível ganha força e reacende a discussão sobre mudanças no modelo atual.

Se você quer tirar sua CNH, veja quanto pode pagar pelo documento.
Se você quer tirar sua CNH, veja quanto pode pagar pelo documento. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / procred360.com.br

Quanto custa tirar a CNH atualmente?

O custo para obter a CNH no Brasil varia amplamente entre os Estados e continua sendo um dos maiores obstáculos enfrentados por quem deseja dirigir legalmente. Em muitos casos, o valor total chega a comprometer uma parte significativa da renda familiar, exigindo meses de economia.

Essa realidade empurra muitos motoristas para a ilegalidade, já que o número de pessoas dirigindo sem habilitação ultrapassa 20 milhões, segundo a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran). A alta nos preços, somada à falta de incentivos e programas públicos de apoio, faz com que a CNH se torne um privilégio.

Além disso, o custo elevado compromete diretamente a segurança viária. Motoristas não habilitados trafegam sem o conhecimento técnico exigido, aumentando o risco de acidentes e multas. A falta de acesso à CNH oficial cria um ciclo de exclusão e informalidade no trânsito.

Isso acaba prejudicando tanto os condutores quanto a coletividade. Por isso, reduzir o valor desse processo se torna essencial para equilibrar as condições de acesso à habilitação em todo o país e promover uma condução mais segura e responsável.

Por que a autoescola encarece o documento?

A obrigatoriedade do treinamento em autoescolas representa um dos fatores que mais encarecem o processo de obtenção da CNH. As aulas teóricas e práticas, somadas às taxas de inscrição e exames, elevam o preço final de maneira significativa.

Embora o aprendizado supervisionado seja importante para garantir segurança, muitos defendem que a estrutura atual impõe custos desproporcionais ao cidadão. Em alguns Estados, o valor chega a comprometer até 30% da renda média familiar, exigindo esforço financeiro prolongado.

Outro fator é a falta de padronização entre as autoescolas. Cada instituição define seus próprios valores, o que gera grandes diferenças regionais. Além disso, as taxas cobradas pelos Departamentos Estaduais de Trânsito (Detrans) e as aulas extras em caso de reprovação tornam o processo ainda mais caro.

Por fim, a ausência de programas públicos que subsidiem o treinamento prático torna o cenário mais desigual. Enquanto alguns Estados oferecem descontos pontuais, a maioria ainda mantém os mesmos padrões de cobrança.

Saiba mais: Governo oferece novo modelo de crédito imobiliário; veja como funciona – ProCred 360

Preço médio para tirar CNH no Brasil

Os valores da CNH variam amplamente em todo o território nacional. Confira abaixo o preço médio por Estado, conforme levantamento da Senatran:

  • Acre (AC) – R$ 3.906,60
  • Alagoas (AL) – R$ 2.069,14
  • Amazonas (AM) – R$ 3.418,95
  • Amapá (AP) – R$ 3.780,47
  • Bahia (BA) – R$ 4.120,75
  • Ceará (CE) – R$ 3.020,97
  • Distrito Federal (DF) – R$ 3.005,67
  • Espírito Santo (ES) – R$ 2.338,76
  • Goiás (GO) – R$ 2.600,39
  • Maranhão (MA) – R$ 2.858,01
  • Minas Gerais (MG) – R$ 3.968,15
  • Mato Grosso do Sul (MS) – R$ 4.477,95
  • Mato Grosso (MT) – R$ 2.964,04
  • Pará (PA) – R$ 2.802,45
  • Paraíba (PB) – R$ 1.950,40
  • Pernambuco (PE) – R$ 3.416,44
  • Piauí (PI) – R$ 2.401,00
  • Paraná (PR) – R$ 3.670,83
  • Rio de Janeiro (RJ) – R$ 2.567,82
  • Rio Grande do Norte (RN) – R$ 2.806,00
  • Rondônia (RO) – R$ 2.355,22
  • Roraima (RR) – R$ 3.828,40
  • Rio Grande do Sul (RS) – R$ 4.951,35
  • Santa Catarina (SC) – R$ 3.906,90
  • Sergipe (SE) – R$ 3.049,97
  • São Paulo (SP) – R$ 1.983,90
  • Tocantins (TO) – R$ 2.985,33

Estados com a habilitação mais cara

Entre todos os Estados, alguns se destacam pelos valores mais altos para a obtenção da CNH:

  • Rio Grande do Sul (RS) – R$ 4.951,35
  • Mato Grosso do Sul (MS) – R$ 4.477,95
  • Bahia (BA) – R$ 4.120,75
  • Minas Gerais (MG) – R$ 3.968,15
  • Santa Catarina (SC) – R$ 3.906,90

Esses valores refletem as diferenças regionais e o impacto dos custos de autoescola, exames e taxas administrativas. Nos locais onde o custo é mais alto, cresce o número de motoristas sem habilitação, evidenciando a urgência de medidas que tornem o documento mais acessível.

Saiba mais: Saiba como consultar e sacar o lote extra do PIS/Pasep em outubro – ProCred 360

Tirar CNH sem autoescola pode ficar mais em conta?

O governo federal, por meio do Ministério dos Transportes, iniciou uma consulta pública para avaliar a proposta da CNH sem autoescola. O objetivo do projeto é reduzir em até 80% o custo para obter o documento, simplificando o processo.

Isso porque ele atua permitindo que o candidato aprenda a dirigir por conta própria ou com instrutores independentes credenciados. Essa medida busca democratizar o acesso e diminuir o número de motoristas sem habilitação, que já chega a milhões em todo o país.

A proposta pretende manter as exigências de exames teóricos e práticos, garantindo a segurança no trânsito, mas eliminando a obrigatoriedade do vínculo com autoescolas. Assim, o candidato teria liberdade para se preparar de forma mais flexível e com menor custo.

Além da redução de custos, o projeto da CNH sem autoescola promete dinamizar o mercado, criando oportunidades para instrutores autônomos e modernizando o sistema de avaliação. Ao simplificar etapas e eliminar burocracias, o governo espera estimular a formalização de condutores.

Veja outros: Trabalhe casa ganhando R$ 6 mil sem precisar de curso superior para estar profissões – ProCred 360

Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo