Dieese revela qual seria o salário mínimo ideal para brasileiros; valor é surpreendente
De acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o salário mínimo atual não cobre as necessidades dos brasileiros
O Dieese, sigla para Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos, atua há décadas como uma das principais referências em pesquisas sobre o mercado de trabalho, custo de vida e economia no Brasil.
A instituição fornece dados que ajudam a compreender a realidade financeira dos trabalhadores e a avaliar se o rendimento médio da população acompanha as necessidades básicas de consumo. Com base em metodologias consistentes, o Dieese realiza mensalmente o cálculo do valor ideal do salário mínimo.
Para isso, considera itens essenciais para a sobrevivência de uma família. Esse levantamento é crucial para medir o poder de compra do brasileiro, analisar desigualdades regionais e subsidiar políticas públicas voltadas à valorização da renda.

Neste artigo, você confere:
Dieese divulga valor ideal do salário mínimo
O levantamento do Dieese tem como objetivo apontar qual deveria ser o valor do salário mínimo capaz de garantir uma vida digna a um trabalhador e sua família. O cálculo leva em conta a cesta básica de alimentos e outras despesas consideradas essenciais pela Constituição Federal.
Isso inclui itens como moradia, saúde, transporte, educação, vestuário, higiene e lazer. Essa metodologia assegura que o índice reflita as reais condições econômicas das famílias brasileiras, permitindo uma visão precisa sobre o custo de vida nas diferentes regiões do país.
Em setembro de 2025, o Dieese divulgou que o valor ideal do salário mínimo seria de R$ 7.075,83, um número expressivo se comparado ao piso nacional vigente de R$ 1.518. Esse resultado mostra o quanto o poder de compra do trabalhador ainda está defasado, mesmo com os reajustes anuais.
Além disso, o levantamento também revelou que, em janeiro do mesmo ano, o valor calculado era ainda maior (R$ 7.156,15) o que confirma a manutenção de um elevado custo de vida em território nacional, que aumenta a cada ano.
A pesquisa do Dieese tem grande relevância porque serve como base para sindicatos, economistas e formuladores de políticas públicas avaliarem as condições sociais e econômicas da população. O órgão utiliza o preço médio da cesta básica e considera as variações de inflação e consumo.
Dessa forma, o estudo fornece um retrato detalhado das dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores e contribui para o debate sobre a necessidade de políticas que garantam uma remuneração mais justa e equilibrada.
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Diferença entre o salário mínimo real e o ideal
Atualmente, o salário mínimo em vigor no Brasil é de R$ 1.518, o que representa um aumento de R$ 106 em relação ao ano anterior. Apesar desse reajuste, o valor cobre menos de 22% do montante considerado ideal pelo Dieese.
Essa disparidade mostra que a renda básica do trabalhador brasileiro não acompanha o custo de vida real do país, dificultando o acesso a bens e serviços essenciais. Assim, grande parte da população precisa recorrer ao crédito ou buscar rendas extras para suprir suas necessidades mensais.
O levantamento do Dieese demonstra que o piso atual está muito aquém do necessário para atender às demandas de uma família de quatro pessoas. Isso porque, além da alimentação, há despesas fixas com moradia, transporte e saúde que pesam significativamente no orçamento doméstico.
Essa defasagem também evidencia a desigualdade de renda no país. Segundo o IBGE, mais de um terço dos trabalhadores brasileiros ganha até um salário mínimo, e mais da metade dos moradores do Distrito Federal recebe no máximo dois pisos salariais.
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Previsão do piso salarial para 2026
O governo federal apresentou ao Congresso Nacional o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2026, propondo um reajuste do piso para R$ 1.631. Esse valor representa um aumento de 7,44% em relação ao piso atual e reforça o compromisso da atual gestão com a política de valorização do salário.
Essa proposta supera ligeiramente a previsão anterior da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que estimava o novo piso em R$ 1.630. O reajuste segue a diretriz de manter o crescimento real do salário mínimo acima da inflação, fortalecendo o poder de compra das famílias.
A política de valorização do salário mínimo adota uma fórmula que combina dois indicadores: a inflação acumulada no ano anterior, medida pelo INPC, e a variação positiva do PIB de dois anos antes. Com essa metodologia, o governo busca equilibrar a preservação do poder aquisitivo.
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