Valor do consignado do INSS despencou após obrigatoriedade da biometria
O INSS estabeleceu a obrigação do cadastramento biométrico para seus segurados, o que afetou diretamente a concessão do consignado
O uso da biometria pelo INSS representa um avanço importante na modernização dos serviços previdenciários e na proteção dos beneficiários. Essa medida surgiu como resposta à crescente necessidade de reforçar a segurança nas operações financeiras envolvendo aposentados e pensionistas.
Isso especialmente diante do aumento de fraudes e irregularidades. A autenticação biométrica garante maior precisão na identificação do titular do benefício, reduzindo o risco de empréstimos realizados sem consentimento.
Ao exigir essa verificação, o instituto busca equilibrar o acesso ao crédito com a proteção do segurado. No entanto, essa mudança trouxe impactos imediatos e expressivos, sobretudo nas concessões de empréstimos consignados, o que despertou atenção de especialistas e instituições financeiras.

Neste artigo, você confere:
Exigência da biometria afetou concessão do consignado
A implantação da biometria no processo de liberação de empréstimos consignados provocou uma redução drástica no volume de novas contratações. O INSS passou a exigir o reconhecimento biométrico como requisito obrigatório para aprovar esse tipo de crédito.
Isso levou o valor mensal de novos empréstimos a cair para menos da metade em poucos meses. Enquanto o montante médio girava em torno de R$ 8,5 bilhões por mês até abril de 2025, a partir de maio o volume caiu para aproximadamente R$ 4 bilhões.
Essa decisão não surgiu por acaso. O INSS identificou um aumento expressivo de reclamações de beneficiários que afirmavam não reconhecer as dívidas consignadas em seus nomes. Diante dessa realidade, o órgão precisou agir rapidamente para proteger aposentados e pensionistas.
Assim, o bloqueio temporário das novas concessões e a posterior exigência da biometria foram medidas estratégicas para garantir que apenas o verdadeiro titular pudesse autorizar o crédito. Essa ação também aumentou a confiança do sistema e reduziu o número de empréstimos fraudulentos.
Outro fator relevante foi a suspensão de 15 instituições financeiras que acumulavam alto número de reclamações. As denúncias envolviam desde cobranças indevidas até dificuldades para cancelamento de contratos e contatos insistentes com aposentados.
Ao restringir a atuação dessas empresas, o INSS sinalizou um esforço concreto para reestruturar o mercado de crédito consignado, priorizando transparência e segurança. Com isso, a exigência biométrica consolidou-se como instrumento de controle e prevenção.
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Por que a biometria interferiu no consignado?
A biometria interfere diretamente no processo de concessão do consignado porque altera a forma de autenticação do contratante. Antes, as operações ocorriam de maneira mais simples, muitas vezes apenas com dados pessoais e autorizações digitais, o que ampliava as brechas para fraudes.
Ao introduzir a biometria, o INSS elevou o nível de segurança e dificultou a atuação de golpistas. Entretanto, essa mudança exigiu adaptação tecnológica por parte das instituições financeiras e dos próprios beneficiários, o que inicialmente reduziu a quantidade de contratos efetivados.
Além disso, muitos aposentados e pensionistas encontraram dificuldades para usar o aplicativo Meu INSS, ferramenta que passou a concentrar o processo de validação biométrica. Questões como falta de familiaridade com dispositivos digitais e instabilidade do sistema impactaram diretamente a adesão.
Assim, embora a medida tenha aumentado a proteção, também gerou desafios operacionais que precisam ser ajustados. Esse cenário explica a queda acentuada nas contratações e evidencia a necessidade de ampliar o suporte técnico e a comunicação com os usuários.
Por outro lado, a nova exigência fortaleceu a credibilidade do sistema previdenciário. Ao assegurar que cada contratação corresponda, de fato, à vontade do beneficiário, o INSS restabeleceu a confiança no crédito consignado.
O controle biométrico reforçou o princípio de que o segurado deve participar ativamente do processo de contratação e estar plenamente consciente das condições do empréstimo. Dessa forma, a interferência da biometria no volume de concessões deve ser vista não como obstáculo, mas como precaução.
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Próximos passos para melhorar a segurança dos segurados
O INSS já planeja novas medidas para fortalecer ainda mais a segurança dos empréstimos consignados. O presidente do instituto, Gilberto Waller Júnior, anunciou que o próximo passo será a adoção de uma dupla verificação na solicitação do crédito.
Essa proposta prevê que o beneficiário confirme a operação por meio de uma segunda camada de autenticação, como a senha gov.br em nível ouro ou prata. A medida pretende equilibrar praticidade e proteção, permitindo que o segurado valide a contratação com mais flexibilidade e segurança.
Outra proposta em estudo prevê que o desconto da parcela só ocorra após a confirmação expressa do titular do benefício. Essa etapa adicional funcionaria como um bloqueio automático contra fraudes, garantindo que nenhum valor seja debitado sem a autorização direta do aposentado ou pensionista.
Essa política reforçaria o controle sobre o fluxo de crédito e reduziria a possibilidade de golpes, tornando o processo mais transparente e confiável. Ao mesmo tempo, o INSS pretende atualizar suas instruções normativas e sistemas internos para adequar-se às novas práticas de verificação.
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