Adeus, dívida do Fies! Veja como renegociar débitos abertos
Os estudantes que possuem algum débito em aberto com o Fies podem renegociar suas dívidas ainda neste mês
O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) representa uma das principais políticas públicas de acesso ao ensino superior no Brasil, garantindo a milhares de jovens a oportunidade de ingressar em universidades privadas e construir uma trajetória profissional sólida.
Desde sua criação, o programa tem sido fundamental para promover inclusão educacional e reduzir as desigualdades sociais, ao possibilitar que estudantes de baixa renda tenham condições de financiar seus estudos.
Ao longo dos anos, o Fies passou por diversas reformulações, sempre buscando equilibrar sustentabilidade financeira e apoio aos beneficiários. Atualmente, o programa vive uma nova fase, marcada por medidas que buscam facilitar a regularização das dívidas estudantis.

Neste artigo, você confere:
Estudantes podem renegociar dívidas do Fies
O Ministério da Educação (MEC) anunciou que mais de 160 mil estudantes já podem renegociar suas dívidas com o Fies, em contratos firmados a partir de 2018. Essa iniciativa pretende aliviar o endividamento e permitir que ex-beneficiários recuperem sua adimplência de maneira acessível e digital.
O prazo para adesão vai até 31 de dezembro de 2026, o que concede um período amplo para que cada estudante analise sua situação e realize o acordo. Essa ação reforça o compromisso do governo em oferecer melhores condições financeiras e promover o retorno desses jovens ao equilíbrio econômico.
Podem solicitar a renegociação os estudantes que possuem contratos assinados a partir de 2018, estão na fase de amortização (ou seja, já concluíram o curso e iniciaram o pagamento do financiamento) e acumulam mais de 90 dias de atraso nas parcelas, considerando a data de 31 de julho de 2025.
Essa regra abrange apenas os beneficiários que se enquadram nesses critérios específicos, o que garante que a medida alcance quem realmente enfrenta dificuldades para quitar o saldo devedor. O MEC estima que o total de dívidas elegíveis para renegociação atinja cerca de R$ 1,8 bilhão.
Além disso, o processo será totalmente digital, facilitando o acesso e reduzindo a burocracia. Os interessados poderão fazer a solicitação por meio do aplicativo Fies Caixa ou pelo site da Caixa Econômica Federal, sem a necessidade de comparecer presencialmente às agências.
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Como funciona o processo de renegociação?
O novo modelo de renegociação oferece condições diferenciadas para quem deseja regularizar sua dívida com o Fies. Os estudantes poderão parcelar o saldo devedor em até 180 vezes, o equivalente a 15 anos, o que amplia consideravelmente o prazo de pagamento.
Além disso, a medida prevê o perdão total de juros e multas, reduzindo o valor total da dívida e garantindo um recomeço financeiro mais equilibrado. Dessa forma, o programa busca evitar o acúmulo de inadimplência e promover a sustentabilidade do sistema de financiamento estudantil.
Outro ponto essencial é o valor mínimo da parcela mensal, que será de R$ 200, salvo nos casos em que o saldo total da dívida seja inferior a esse montante. Essa regra garante flexibilidade e adequação à capacidade de pagamento de cada beneficiário.
A formalização da renegociação ocorrerá por meio de um termo aditivo ao contrato original, preservando as condições básicas do acordo inicial. Vale destacar que o processo não abrange valores referentes à coparticipação com as instituições de ensino superior, seguros prestamistas ou tarifas bancárias.
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Como o Fies funciona?
O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) foi criado pela Lei nº 10.260/2001 e é administrado pelo Ministério da Educação para conceder crédito educativo a estudantes de graduação em instituições privadas com avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes).
Desde sua implementação, o programa tem permitido que jovens de baixa renda ingressem em universidades e construam carreiras sólidas. O Fies desempenha um papel estratégico na democratização do ensino superior, pois amplia as oportunidades e contribui para o desenvolvimento econômico do país.
Desde 2018, o programa passou a adotar um modelo mais sustentável, com juros zero para estudantes de menor renda e uma escala de financiamento que varia conforme o nível de renda familiar. Essa reformulação ampliou a justiça social e a eficiência administrativa.
O candidato interessado deve ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) a partir da edição de 2010 e alcançado média mínima de 450 pontos nas provas, além de nota superior a zero na redação.
Outro critério fundamental é a comprovação de renda familiar mensal bruta per capita de até três salários mínimos. Essa exigência assegura que o benefício chegue a quem realmente necessita de apoio financeiro para estudar.
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