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Especialistas alertam para a ARMADILHA do consignado; veja o que os bancos não te contam sobre essa modalidade de empréstimo

O consignado possui uma taxa de juros menores do que outros empréstimos, mas população não calcula o Custo Total Efetivo (CET). Entenda.

O empréstimo consignado é uma modalidade de crédito que tem ganhado cada vez mais destaque no mercado financeiro, sobretudo entre beneficiários do INSS e servidores públicos. 

Ele é vendido pelos bancos como um empréstimo que oferece condições de pagamento mais vantajosas e menores taxas de juros. No entanto, muitos aposentados ignoram os riscos da modalidade antes de assinar um contrato. 

Especialistas alertam para a ARMADILHA do consignado; veja o que os bancos não te contam sobre essa modalidade de empréstimo
Confira as regras do consignado – Foto: Jeane de Oliveira

Por que o consignado deve ser usado com cautela? Entenda os riscos dessa modalidade

O crédito consignado, modalidade de empréstimo com desconto direto na folha de pagamento, se tornou uma opção atrativa para muitos aposentados e pensionistas do INSS. 

As taxas de juros geralmente mais baixas e a facilidade de contratação podem parecer convidativas, mas é fundamental ter cautela e atenção para evitar cair em armadilhas que podem levar ao endividamento excessivo.

Qual é a diferença do consignado e empréstimo?

O consignado é um tipo de empréstimo. Conforme já mencionado, ele se caracteriza pelo desconto diretamente na folha de pagamento. Ou seja, as prestações são pagas de forma automática, assim que o salário ou benefício cai na conta do tomador de crédito (quem contratou). 

Quem pode contratar?

Pela lei, servidores públicos militares e civis (ativos e inativos), trabalhadores da iniciativa privada e aposentados e pensionistas do INSS podem contratar. No entanto, a demanda é maior entre o funcionalismo público e os beneficiários do INSS. 

Em ambas as categorias quase não há risco de perda do benefício, já que aposentados podem contar com o pagamento vitalício e os servidores têm estabilidade. Isso torna a concessão de crédito mais segura para o banco. 

Em troca, as instituições financeiras oferecem taxas de juros menores e um tempo maior para pagar o empréstimo. E é aí que está a armadilha. Muitos brasileiros não consideram o CET (Custo Efetivo Total) ao contratar um consignado. 

O que é CET?

O CET, sigla para Custo Efetivo Total, é um indicador financeiro crucial para avaliar o custo real de qualquer produto de crédito, como empréstimos, financiamentos e cartões de crédito. 

Ele vai além da taxa de juros nominal e considera todos os encargos incidentes na operação. No caso do consignado, os tomadores de crédito não levam em conta o tempo do contrato.

Embora as taxas de juros sejam menores, elas são calculadas por mês. Isso significa que ao final do contrato, o consumidor corre o risco de ter pago um valor muito maior do que em outras modalidades de crédito. 

Por que essa modalidade de crédito pode empobrecer a população? 

Além do CET, o consumidor deve considerar que parte de sua renda será destinada a pagar o empréstimo. Por lei, até 35% do salário ou benefício será usado com essa finalidade. 

Isso pode causar uma dependência de crédito, uma vez que ele não terá acesso a parte de sua renda. Assim, naturalmente, irá contratar outras modalidades de crédito, como empréstimo pessoal, cartão, financiamentos, etc.

Com isso, deverá arcar com os juros das novas modalidades, fazendo com que mais do que 35% de sua renda seja usada para pagar os bancos. Portanto, antes de solicitar esse tipo de empréstimo, é recomendado analisar todas as opções disponíveis e ter um bom planejamento financeiro. 

Arthur Kodjaian

Jornalista, graduado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, redator há mais de quatro anos. Sou apaixonado por escrita e já atuei em diversos segmentos.

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