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Mais de 78% das famílias brasileiras estão ENDIVIDADAS; é possível que a situação melhore?

Número de famílias endividadas atinge o maior patamar desde novembro de 2022, mesmo após a criação de programas governamentais como o Desenrola.

Os dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) revelam algo assustador: 78,8% das famílias brasileiras estão endividadas. O número é o maior desde novembro de 2022. 

Ao contrário do que o senso comum prega, as dívidas não estão relacionadas, apenas, com a organização financeira. A crise econômica, a inflação e falta de oportunidades no mercado de trabalho são os principais fatores que contribuem com a inadimplência. 

A boa notícia é que existem formas de sair dessa situação. Por mais que seja difícil, programas como o Serasa Limpa Nome ajudam os consumidores com o CPF negativado. 

Mais de 78% das famílias brasileiras estão ENDIVIDADAS; é possível que a situação melhore?
Famílias brasileiras estão endividadas – Foto: Jeane de Oliveira

Por que tantas famílias brasileiras estão endividadas e como melhorar essa situação?

Em 2023, o presidente Lula (PT) anunciou a criação do Desenrola – programa de renegociação de dívidas. A iniciativa ajudou a população de baixa renda e as famílias endividadas de classe média, com renda de até R$ 20 mil por mês. 

Então, naquele ano, o endividamento da população brasileira diminuiu e, novamente, muitas pessoas tiveram acesso a linhas de crédito, como empréstimos, cartões, entre outros. No entanto, alguns meses depois, o número de famílias endividadas bateu um novo recorde. 

O que explica tantas famílias brasileiras endividadas?

Para especialistas, isso é o reflexo da crise que o país enfrenta atualmente. Em primeiro lugar, muitas pessoas estão sem conseguir oportunidades no mercado de trabalho e quando conseguem, são atingidas com uma baixa remuneração. 

Além do mais, existe uma preocupação com a inflação, que piora o cenário de endividamento. Vale mencionar que as enchentes no Rio Grande do Sul contribuíram para esse quadro, uma vez que muitas famílias e empresas perderam seus bens. 

Outro ponto importante é que o número de inadimplentes, de acordo com a pesquisa da CNC, é de 28,6%. A entidade considera inadimplente quem não tem condições de pagar as dívidas. Entretanto, o número alto de endividamento não é, necessariamente, algo negativo. 

Redução das taxas de juros aumenta procura por crédito 

Segundo a entidade, muitas famílias estão endividadas por conta da redução da taxa Selic – que impacta nos juros oferecidos pelos bancos. Ou seja, os juros de produtos financeiros como cartões, empréstimos, consignados, entre outros diminui. 

A diminuição fez com que mais brasileiros optassem pelas linhas de crédito para adquirir bens e serviços. Para especialistas, esse ciclo pode melhorar a economia do país. 

Veja como sair do vermelho e pagar suas dívidas 

Existem várias formas de sair da dívida, mas todas passam pelo planejamento financeiro. Recomenda-se fazer um bom orçamento e pagar suas contas assim que o dinheiro entra na conta. 

Programas como o Serasa Limpa Nome podem ajudar as famílias endividadas, uma vez que oferecem descontos de até 90% para esse público. Para participar, basta entrar no site do Serasa, cadastrar o CPF e verificar se existe alguma oferta de negociação. 

Acesse: 

A dívida deixa de existir depois de 5 anos?

Não, a dívida não deixa de existir depois de 5 anos. Ela prescreve, o que significa que o credor perde o direito de cobrar o devedor judicialmente. Ou seja, o consumidor não poderá mais ser processado por causa da dívida.

No entanto, a dívida ainda existe e o devedor ainda é obrigado a pagá-la, mesmo que o credor não possa mais cobrá-la na Justiça e que seu nome fique ‘limpo’ novamente. 

Arthur Kodjaian

Jornalista, graduado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, redator há mais de quatro anos. Sou apaixonado por escrita e já atuei em diversos segmentos.

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