Quase 80% dos brasileiros estão endividados: veja como sair da inadimplência
Milhares de famílias brasileiras se encontram em meio às dívidas, que parecem não ter fim. Contudo, o planejamento financeiro pode acabar com a inadimplência
A dificuldade de sair das dívidas representa um dos maiores desafios enfrentados pelas famílias brasileiras na atualidade. Em meio a um cenário econômico marcado por juros elevados, inflação persistente e perda de poder de compra, a inadimplência se tornou uma realidade em milhões de lares.
Muitas pessoas acabam recorrendo ao crédito para manter o consumo básico, mas acabam presas em um ciclo de endividamento contínuo. Assim, o planejamento financeiro se torna cada vez mais complexo, já que o custo de vida sobe, enquanto os salários não acompanham o mesmo ritmo.
Nesse contexto, compreender as causas, as consequências e as possíveis soluções para esse quadro é fundamental para restabelecer o equilíbrio das finanças pessoais e garantir segurança econômica no futuro.

Neste artigo, você confere:
79,5% das famílias brasileiras estão em inadimplência
O número de famílias brasileiras endividadas atingiu um patamar histórico, alcançando 79,5% em outubro, o que revela uma situação preocupante e crescente. Esse índice representa o nono mês consecutivo de alta, demonstrando que o problema do endividamento se tornou estrutural.
Muitas famílias relatam que possuem dívidas a vencer, o que mostra que o uso do crédito segue sendo uma prática recorrente. Além disso, o tempo médio de atraso no pagamento aumentou consideravelmente, refletindo a dificuldade generalizada em manter as contas em dia.
Entre os lares endividados, 30,5% afirmam estar inadimplentes, ou seja, com parcelas em atraso, enquanto 13,2% declaram não ter condições de pagar suas dívidas. Esse último número representa o maior já registrado na série histórica, o que reforça a gravidade da situação.
A inadimplência atinge não apenas as famílias de baixa renda, mas também os grupos intermediários, que veem seus orçamentos cada vez mais pressionados. Dessa forma, o endividamento deixa de ser uma questão pontual e se transforma em um problema estrutural que impacta toda a economia nacional.
O tempo médio das dívidas em atraso também cresceu, e hoje quase metade das famílias inadimplentes acumula débitos há mais de 90 dias. Esse atraso prolongado encarece ainda mais o custo das dívidas, devido à incidência de juros e encargos.
Paralelamente, o número de famílias com compromissos financeiros que se estendem por mais de um ano aumentou para 32%, o que eleva a média total de pagamento para 7,2 meses. Em outras palavras, o ciclo de endividamento está se alongando, dificultando a retomada do equilíbrio financeiro.
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O que influencia na inadimplência?
Diversos fatores contribuem para o aumento da inadimplência no país, e os juros altos figuram entre os principais vilões desse cenário. Mesmo com o avanço do mercado de trabalho e o aumento do número de pessoas empregadas, o custo do crédito permanece elevado, dificultando a quitação de parcelas.
Quando as famílias tentam reorganizar o orçamento, encontram um ambiente financeiro hostil, em que as dívidas crescem mais rapidamente do que a renda disponível. Assim, o poder de compra diminui, e o endividamento se torna quase inevitável.
Outro fator importante é a diferença de impacto entre as faixas de renda. O endividamento cresceu mais fortemente entre famílias com renda entre cinco e dez salários mínimos, grupo que antes mantinha uma margem maior de segurança financeira.
Por outro lado, a inadimplência mensal cresceu entre as famílias que ganham entre três e cinco salários, demonstrando que o problema se espalha por todas as classes sociais. Enquanto os mais pobres recorrem ao crédito para garantir o básico, os de renda média se endividam com financiamentos.
Além disso, o aumento do custo de vida e o encarecimento dos produtos e serviços essenciais pressionam o orçamento familiar. Com mais despesas fixas, sobra menos para o pagamento das dívidas. Ao mesmo tempo, o crédito fácil e a falta de educação financeira agravam o problema.
Muitos consumidores contratam financiamentos sem avaliar o impacto das parcelas no longo prazo. A combinação desses fatores cria um ambiente propício para a inadimplência, que se alimenta da desorganização financeira e da falta de planejamento adequado.
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Como se organizar financeiramente para evitar dívidas?
Para reduzir o risco de inadimplência, é essencial adotar estratégias práticas de controle e planejamento financeiro. A seguir, estão cinco dicas que ajudam a reorganizar as finanças e retomar o equilíbrio:
- Faça um diagnóstico completo das finanças. Analise todas as despesas fixas e variáveis, identificando para onde o dinheiro está indo. Anotar cada gasto permite visualizar excessos e priorizar o que realmente é essencial. Quanto mais detalhado for o controle, maior será a capacidade de decisão.
- Estabeleça um orçamento realista. Defina metas de gastos e limites claros para cada categoria, como alimentação, transporte e lazer. Sempre reserve uma parte da renda para imprevistos, evitando recorrer ao crédito quando surgir uma emergência. O planejamento antecipado é a chave para evitar o descontrole.
- Renegocie dívidas sempre que possível. Entre em contato com credores para negociar juros e prazos mais favoráveis. Muitas instituições oferecem condições especiais para pagamento à vista ou parcelamento mais acessível. Essa atitude reduz o peso das parcelas e evita o acúmulo de novas dívidas.
- Evite o uso excessivo do cartão de crédito. Embora o cartão facilite compras, ele pode se tornar um inimigo se usado sem controle. Prefira pagamentos à vista e monitore o saldo disponível para não ultrapassar o orçamento. O autocontrole é fundamental para impedir o crescimento do endividamento.
- Busque educação financeira continuamente. Participar de cursos, ler conteúdos sobre finanças pessoais e conversar com especialistas ajuda a desenvolver hábitos saudáveis de consumo. O conhecimento transforma o comportamento e cria uma relação mais consciente com o dinheiro, prevenindo futuras inadimplências.
Com disciplina e planejamento, é possível reconstruir a estabilidade financeira e evitar o ciclo contínuo de endividamento. A inadimplência pode ser superada quando o controle financeiro se torna um compromisso constante e parte da rotina familiar.
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