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Veja como vai funcionar o novo ‘botão de contestação’ do Pix

Para quem cair em golpes, o novo botão de contestação do Pix pode ajudar a reaver o dinheiro, caso comprove a fraude.

O Pix transformou o modo como os brasileiros realizam pagamentos, consolidando-se como o principal sistema de transferências instantâneas do país. Desde sua criação, o Banco Central tem aprimorado continuamente o serviço, buscando combinar agilidade, praticidade e, principalmente, segurança.

O sistema se tornou parte do cotidiano de milhões de pessoas, permitindo transações em segundos a qualquer hora do dia. No entanto, o aumento da popularidade do Pix também atraiu criminosos, o que exigiu novas estratégias de proteção.

Assim, o Banco Central tem desenvolvido ferramentas para tornar o ambiente digital mais confiável e reduzir os riscos de golpes e fraudes. Entre essas medidas, surge uma nova funcionalidade que promete revolucionar o processo de contestação de transações e fortalecer ainda mais a segurança do sistema.

Quem usa Pix pode ter mais segurança com o novo botão de contestação.
Quem usa Pix pode ter mais segurança com o novo botão de contestação. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / procred360.com.br

Novo botão de contestação do Pix

A partir desta quarta-feira (1º), os usuários do Pix passam a contar com o botão de contestação, uma ferramenta desenvolvida para agilizar o processo de devolução de valores em casos de golpes, fraudes ou coerção.

Com essa novidade, o Banco Central busca oferecer uma resposta mais rápida e eficiente aos problemas enfrentados por vítimas de crimes financeiros. O recurso está disponível no app das instituições financeiras.

Ele permite que o usuário acione o Mecanismo Especial de Devolução (MED) de forma imediata e sem a necessidade de atendimento humano. Essa automatização representa um avanço importante na relação entre segurança, tecnologia e usabilidade.

O chefe adjunto do Departamento de Competição e Estrutura do Mercado Financeiro do Banco Central, Breno Lobo, explicou que, ao acionar o botão de contestação, a informação é enviada instantaneamente ao banco do recebedor.

Assim, a instituição deve bloquear o valor na conta do suspeito, integral ou parcialmente, dependendo da disponibilidade dos recursos. Após esse bloqueio, os bancos envolvidos têm até sete dias para analisar o caso. Se for confirmada a fraude, a devolução do dinheiro é feita diretamente para a conta da vítima.

O Banco Central enfatiza que o botão de contestação é destinado exclusivamente a situações de golpe, fraude ou coerção, e não pode ser usado em casos de arrependimento de compras, desacordos comerciais ou erros de digitação da chave Pix.

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Como a tecnologia vai funcionar?

O funcionamento do botão de contestação foi estruturado para ser simples, rápido e seguro. O usuário poderá acessá-lo diretamente pelo aplicativo do banco onde possui conta, sem precisar interagir com atendentes ou recorrer a canais externos.

Assim que a contestação for feita, o sistema comunica automaticamente a instituição do recebedor, que deve verificar a existência de saldo e realizar o bloqueio preventivo. Essa integração entre as instituições financeiras ocorre em tempo real, tornando o processo mais ágil e eficaz.

Outro aspecto importante é o uso de inteligência de dados no processo de verificação. O sistema analisa padrões de comportamento, histórico de transações e indicadores de risco para identificar possíveis golpes.

Essa tecnologia de monitoramento ativo permite que bancos detectem movimentações atípicas com maior precisão, reduzindo falhas humanas e aumentando a eficiência na detecção de fraudes. O objetivo é tornar a contestação mais confiável, transparente e eficiente.

O botão de contestação integra um conjunto mais amplo de medidas implementadas pelo Banco Central para reforçar a segurança do Pix. Entre elas está a flexibilização dos limites de transações, que agora podem ser ajustados de acordo com o perfil e o histórico do cliente.

Outra mudança relevante é a ampliação do bloqueio cautelar, que antes se aplicava apenas a pessoas físicas e agora foi estendido também a empresas. Com isso, o Banco Central demonstra seu compromisso em aprimorar continuamente o sistema e proteger todos os usuários.

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BC está bloqueando chaves Pix suspeitas

Além do novo botão de contestação, o Banco Central começou a adotar medidas mais rígidas contra fraudes, incluindo o bloqueio de chaves Pix associadas a atividades suspeitas. Agora, as instituições financeiras devem seguir critérios mínimos e objetivos para identificar possíveis fraudes.

O Grupo Estratégico de Segurança do Pix, formado por especialistas e representantes de bancos, trabalha para padronizar as práticas de detecção e resposta, evitando inconsistências entre instituições e garantindo mais eficácia no combate aos crimes digitais.

Com essa nova diretriz, as instituições que incluírem clientes em listas de fraude não poderão autorizar novas chaves Pix, pedidos de portabilidade ou abertura de contas para esses usuários. Essa ação impede que golpistas continuem atuando no sistema, limitando suas possibilidades de movimentação.

Além disso, o bloqueio preventivo das chaves suspeitas reduz a reincidência de fraudes e dificulta a criação de novas contas fraudulentas. O Banco Central, ao adotar essa medida, fortalece a credibilidade do Pix e protege a integridade das operações financeiras realizadas em tempo real.

Essas ações fazem parte de uma estratégia mais ampla de segurança digital, que combina tecnologia, cooperação entre instituições e monitoramento constante. Ao integrar mecanismos como o botão de contestação e o bloqueio de chaves suspeitas, o BC constrói uma estrutura de defesa robusta.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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