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Qual é a diferença entre empréstimo PESSOAL e CONSIGNADO? Todos os brasileiros podem solicitar as duas modalidades?

Embora o empréstimo pessoal e o consignado sejam linhas de crédito populares, existem diferenças entre as duas. Entenda.

Quando surge a necessidade de um crédito, seja para resolver uma emergência financeira, quitar dívidas ou realizar um projeto pessoal, entender as opções disponíveis é crucial. 

No Brasil, os empréstimos pessoais e consignados são duas modalidades populares que atendem a diferentes perfis e necessidades. 

Qual é a diferença entre empréstimo PESSOAL e CONSIGNADO? Todos os brasileiros podem solicitar as duas modalidades?
Descubra a diferença entre empréstimo pessoal e consignado – Foto: Jeane de Oliveira

Afinal, qual é a diferença entre empréstimo e consignado? 

Para entender melhor, vamos começar falando sobre o empréstimo pessoal. Trata-se de uma forma de crédito oferecida por bancos e instituições financeiras, que pode ser utilizada para qualquer finalidade. 

Uma das principais características do empréstimo pessoal é a sua flexibilidade: o solicitante não precisa justificar o uso do dinheiro e pode gastá-lo da maneira que achar melhor.

Quem pode fazer empréstimo pessoal?

Qualquer brasileiro com mais de 18 anos que seja aprovado pela análise de crédito da instituição. Contudo, vale mencionar que as taxas de juros são geralmente mais altas em comparação com o empréstimo consignado. 

Isso ocorre porque o risco assumido pela instituição financeira é maior, uma vez que o pagamento das parcelas depende da responsabilidade e capacidade financeira do cliente. 

A análise de crédito é baseada no histórico financeiro do solicitante, incluindo sua pontuação de crédito (score) e comprovação de renda.

Condições

Os prazos de pagamento do empréstimo pessoal são flexíveis e podem variar de poucos meses a alguns anos, dependendo do contrato firmado entre o cliente e a instituição financeira. 

Como funciona o consignado?

O empréstimo consignado é uma modalidade de crédito em que as parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento ou do benefício previdenciário do solicitante. 

Esse formato garante maior segurança para a instituição financeira, resultando em taxas de juros mais baixas em comparação com o empréstimo pessoal.

Quem pode fazer consignando?

Uma característica importante dessa modalidade é que ele está disponível apenas para certos grupos de pessoas: servidores públicos, aposentados e pensionistas do INSS, e funcionários de empresas privadas que possuem convênio com instituições financeiras. Devido à garantia de pagamento diretamente na folha, a análise de crédito é mais simplificada e a liberação do crédito é mais rápida.

Os prazos de pagamento também são variados, podendo se estender por vários anos, de acordo com o contrato. Além disso, existe um limite para a margem consignável, que é de até 35% do salário ou benefício que pode ser comprometido com o pagamento das parcelas.

O que ninguém te conta sobre o empréstimo que desconta diretamente da folha de pagamento?

O empréstimo consignado, embora atraente devido às suas baixas taxas de juros e facilidade de aprovação, não está isento de riscos. Um dos principais perigos é a perda de controle financeiro. 

Como as parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento ou benefício, o tomador do empréstimo pode não perceber o impacto total das deduções mensais em seu orçamento. 

Superendividamento

Outro risco significativo é a armadilha do endividamento a longo prazo. Os prazos mais longos de pagamento podem dar a falsa impressão de que a dívida é mais gerenciável, mas isso pode resultar em um ciclo prolongado de endividamento. 

Antes de fazer o consignado, o brasileiro deve ter em mente o Custo Efetivo Total (CET), que calcula o valor total do crédito, incluindo todos os juros e demais taxas. Muitas vezes, essa modalidade de crédito costuma ter um CET maior do que o empréstimo pessoal. 

Além disso, a facilidade de obtenção do crédito consignado pode incentivar a tomada de novos empréstimos antes que os antigos sejam completamente quitados, o que gera o empobrecimento do indivíduo. 

Arthur Kodjaian

Jornalista, graduado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, redator há mais de quatro anos. Sou apaixonado por escrita e já atuei em diversos segmentos.

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