Entenda como vai funcionar a biometria para recebimento de benefícios do governo
A biometria será implementada pelo governo federal para auxiliar na segurança do recebimento de benefícios sociais.
A biometria, tecnologia que utiliza características físicas únicas para identificação, vem ganhando cada vez mais espaço em sistemas de segurança e serviços públicos. Ela representa um avanço essencial para garantir maior confiabilidade, dificultando fraudes e evitando a duplicidade de registros.
Ao empregar esse recurso, o governo aumenta o controle sobre quem realmente acessa os benefícios sociais, promovendo justiça e transparência no atendimento à população. Além disso, a biometria facilita processos burocráticos e reduz o tempo de espera e dispensa o uso de senhas ou documentos físicos.
Outro fator relevante é o respeito à privacidade e à proteção dos dados pessoais, assegurado por regulamentações específicas. Por isso, a sua implementação, mesmo que gradual, é um passo importante rumo à modernização do serviço público.

Neste artigo, você confere:
Governo vai implementar cadastro da biometria para recebimento de benefícios
O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) anunciou que a utilização da biometria será exigida para concessão e renovação de benefícios sociais. No entanto, a implantação desse novo sistema ocorrerá de maneira gradual.
O início está previsto para 120 dias após a publicação do Decreto nº 12.561. Por enquanto, os beneficiários não precisam comparecer aos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), pois nenhuma ação é necessária neste momento.
O governo deixará claras todas as etapas e instruções ao longo do processo, garantindo que ninguém seja prejudicado por falta de informação. A responsabilidade pela gestão dos cadastros ficará a cargo da Secretaria de Governo Digital do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI).
Com isso, o sistema será padronizado, seguro e alinhado com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), além das normas estabelecidas pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD). O objetivo principal é proteger a identidade e os dados sensíveis dos cidadãos durante o cadastramento.
Mais de 150 milhões de brasileiros já têm biometria registrada em alguma base oficial do governo, o que deve facilitar o processo para a maioria dos beneficiários. Essa medida visa aproveitar os dados já disponíveis e evitar retrabalho.
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Quais benefícios vão exigir biometria?
A exigência da biometria abrangerá principalmente programas sociais geridos pelo governo federal, como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC). Esses benefícios, voltados a famílias em situação de vulnerabilidade, exigem processos de verificação rigorosos.
Com a biometria, o controle será ainda mais rigoroso, inibindo fraudes e assegurando que os recursos públicos cheguem ao destino correto. Assim, a tecnologia funcionará como aliada na proteção das políticas públicas e na melhoria da eficiência da gestão social.
Além de prevenir desvios e garantir mais transparência, a biometria permitirá que os beneficiários tenham acesso facilitado aos serviços, pois eliminará a necessidade de apresentar documentos físicos em todas as etapas.
Dessa forma, a digitalização dos dados pessoais tornará o processo mais ágil e prático, especialmente nas renovações periódicas de cadastro. Isso beneficiará tanto os cidadãos quanto os órgãos públicos responsáveis pela análise e liberação dos recursos.
Como vai funcionar o cadastramento?
O cadastramento será regulamentado por um ato do MGI, que estabelecerá um cronograma detalhado e as diretrizes para a execução. O processo seguirá de forma escalonada, priorizando a organização e o atendimento seguro da população.
As pessoas que ainda não tiverem biometria registrada deverão aguardar as orientações oficiais para saber quando e onde comparecer. Não será necessário buscar informações em agências da Caixa ou unidades do CRAS neste momento, pois o início do sistema ocorrerá apenas após o decreto.
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Como saber se preciso cadastrar?
A população não precisa tomar nenhuma providência imediata. Todos os comunicados oficiais serão divulgados com antecedência e de forma ampla pelos canais institucionais do MGI. Apenas as pessoas que não possuírem biometria registrada em bancos de dados do governo federal serão chamadas.
O foco inicial estará na atualização dos registros e na integração das bases de dados existentes, evitando que cidadãos já identificados precisem repetir o procedimento. Portanto, o acompanhamento das informações oficiais será fundamental para garantir que ninguém perca prazos.
Ao longo da implantação, o governo usará bases já existentes, como a do Tribunal Superior Eleitoral, do Departamento de Trânsito (Detran) e da Polícia Federal, como forma de validação. Dessa maneira, as pessoas que já possuem biometria em algum desses sistemas poderão ter seus dados reconhecidos.
A validação cruzada dessas informações ocorrerá conforme critérios definidos pelo MGI, e a população será informada sobre a aceitação dos registros anteriores. Com isso, espera-se reduzir significativamente a necessidade de novos cadastros presenciais.
Já tenho biometria cadastrada na CNH, ela serve?
Sim, a biometria já registrada em documentos oficiais, como a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), será considerada válida de forma transitória. O decreto autoriza o uso dessas bases enquanto o sistema centralizado não estiver plenamente disponível.
Essa decisão facilita a vida dos beneficiários, já que milhões de brasileiros já realizaram o cadastro biométrico em algum momento. No entanto, mesmo que esses dados sejam aceitos inicialmente, será necessário acompanhar os comunicados para verificar se haverá exigência de atualização.
Essa integração entre diferentes bancos de dados garante maior eficiência ao processo e evita sobrecarga nos postos de atendimento. A prioridade do governo é assegurar que o cadastramento ocorra de maneira prática e sem prejudicar a população.
Enquanto isso, beneficiários devem manter seus dados atualizados no Cadastro Único (CadÚnico) e seguir atentamente as informações oficiais. Dessa forma, o processo de inclusão biométrica será fluido, transparente e seguro para todos os envolvidos.
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