Estudo indica valor ideal do salário mínimo no Brasil: quantia é absurda!
O salário mínimo atual não cobre sequer metade do valor necessário para sustentar famílias brasileiras, segundo estudo
O salário mínimo sempre ocupou um papel central nas discussões sobre justiça social e equilíbrio econômico no Brasil. Ele representa não apenas o valor mínimo que um trabalhador deve receber, mas também o reflexo das condições de vida, do custo dos produtos e dos serviços essenciais.
No entanto, a distância entre o salário pago e o necessário para atender às necessidades básicas das famílias brasileiras permanece alarmante. Mesmo com reajustes anuais, os valores continuam aquém da realidade enfrentada por milhões de pessoas.
Diante desse cenário, compreender como esse cálculo é feito, quais são as perspectivas para os próximos anos e de que forma as políticas de valorização interferem no poder de compra torna-se fundamental para avaliar o impacto do salário mínimo na economia e na sociedade.

Neste artigo, você confere:
Salário mínimo ideal está longe de ser alcançado
O Dieese revela que o salário mínimo ideal, capaz de atender a todas as necessidades básicas de uma família de quatro pessoas, deveria alcançar R$ 7.075,83 em setembro de 2025. Esse valor é quase cinco vezes superior ao piso atual de R$ 1.518.
O cálculo considera o custo da Cesta Básica de Alimentos e inclui despesas com moradia, transporte, saúde, educação, vestuário, higiene e lazer, conforme determina a Constituição Federal. Portanto, o número não surge por acaso, mas reflete uma análise do custo real de sobrevivência.
Mesmo com o reajuste de R$ 106 concedido em 2025, o salário mínimo ainda cobre menos de 22% do valor necessário, segundo o levantamento. Essa disparidade amplia a desigualdade social, uma vez que mais de um terço dos trabalhadores brasileiros recebem até um salário mínimo.
Além disso, mais da metade da população vive com até dois pisos salariais, conforme dados do IBGE. Assim, o aumento concedido não é suficiente para compensar a perda do poder de compra causada pela inflação e pelo custo crescente dos produtos básicos.
A diferença entre o salário real e o ideal gera impactos profundos na economia das famílias. Muitas precisam fazer escolhas difíceis, priorizando alimentação e moradia enquanto reduzem gastos com saúde, lazer e educação.
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Perspectivas do salário mínimo para 2026
O governo federal já projeta um novo aumento para o salário mínimo em 2026, buscando reduzir a defasagem histórica. O Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), encaminhado ao Congresso Nacional pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, propõe que o valor chegue a R$ 1.631.
O valor representa um reajuste de 7,44% sobre o piso atual. Essa estimativa é levemente superior à prevista pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que sugeria R$ 1.630. Apesar da diferença pequena, a proposta reforça o compromisso do governo com a valorização do salário mínimo.
Contudo, mesmo com o reajuste projetado, o novo valor ainda permanecerá muito distante do ideal estimado pelo Dieese. A diferença de mais de R$ 5 mil evidencia que o aumento não é capaz de acompanhar a escalada dos preços e a perda do poder de compra acumulada nos últimos anos.
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Política de valorização do governo
A política de valorização do salário mínimo, retomada pelo atual governo, segue dois critérios principais: a inflação do ano anterior, medida pelo INPC, e o crescimento do PIB de dois anos antes. Essa fórmula busca garantir reajustes reais, capazes de repor as perdas inflacionárias.
Dessa forma, o governo tenta recompor o poder de compra e reduzir as desigualdades sociais, fortalecendo o consumo interno e impulsionando setores produtivos. Entretanto, o impacto dessa política depende diretamente do desempenho econômico do país.
Quando o PIB cresce lentamente, o reajuste real tende a ser pequeno, limitando o avanço do poder de compra. Por outro lado, períodos de expansão econômica podem resultar em aumentos mais expressivos, criando um ciclo positivo entre renda, consumo e crescimento.
Assim, a política de valorização do salário mínimo atua como uma ferramenta de estímulo à economia, mas também enfrenta limitações estruturais que exigem medidas complementares para alcançar resultados duradouros.
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