‘Golpe do presente’ pode te fazer perder dinheiro; veja como se proteger
O golpe do presente está fazendo vítimas que acabam acreditando na artimanha. É importante saber como funciona para se livrar.
Entre julho de 2024 e junho de 2025, cerca de 24 milhões de brasileiros caíram em diferentes golpes financeiros que envolveram principalmente transações via Pix ou boletos bancários. Esse cenário gerou um prejuízo estimado em quase R$ 29 bilhões, de acordo com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Esses números impressionam porque revelam a força da criminalidade digital e presencial no cotidiano das pessoas. Além disso, mostram como os criminosos conseguem se reinventar rapidamente para explorar novas oportunidades de fraude.
Por isso, compreender as modalidades mais comuns tornou-se essencial para evitar perdas financeiras. Nesse contexto, surge uma prática que cresce em diferentes regiões do país e exige atenção redobrada: o chamado golpe do presente.

Neste artigo, você confere:
Como o golpe do presente funciona?
O golpe do presente ganhou notoriedade porque une criatividade criminosa e aparência de gentileza. O criminoso age de forma estratégica para conquistar a confiança da vítima e, assim, conseguir acesso direto ao seu dinheiro.
Para isso, ele utiliza informações pessoais obtidas de maneira ilegal e faz contato prévio com a vítima, geralmente por telefone, alegando que um produto precisa ser recebido pessoalmente. Dessa forma, ele cria um clima de expectativa positiva, tornando a vítima mais vulnerável ao golpe.
Quando o momento da entrega chega, o falso entregador aparece vestido de forma convincente, com uniformes, caixas bem organizadas ou até arranjos de flores. Para tornar o cenário ainda mais realista, ele inclui itens chamativos, como bolos ou cosméticos, que reforçam a ideia de um presente especial.
No entanto, nesse instante ocorre a armadilha. O criminoso afirma que é necessário pagar uma taxa de frete ou algum custo adicional e apresenta uma maquininha de cartão. Com discurso persuasivo, ele induz a vítima a autorizar a cobrança.
O detalhe mais perigoso está justamente na manipulação do valor. O golpista insere na maquininha uma quantia maior do que a informada e, assim, realiza um débito muito acima do esperado. Além disso, o golpe também se expande para o meio digital.
Nesse caso, o contato ocorre por e-mail, WhatsApp ou SMS, sempre em nome de uma loja ou marca famosa. O criminoso oferece um brinde atrativo e exige pagamento via Pix para realizar a suposta entrega. O resultado é o mesmo: prejuízo financeiro imediato.
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Como identificar e se proteger do golpe do presente?
Reconhecer sinais de alerta torna-se fundamental para não se tornar mais uma vítima. Antes de tudo, é importante desconfiar de qualquer entrega surpresa, principalmente quando não se tem conhecimento de quem enviou o item.
Confirmar a origem do presente com familiares, amigos ou até com a loja mencionada evita cair em armadilhas. Outro ponto essencial envolve o momento do pagamento. Geralmente, quem envia um presente já arca com custos de frete e taxas.
Portanto, a solicitação de valores adicionais deve ser vista com grande desconfiança. Se ainda assim decidir pagar, o ideal é verificar atentamente o valor exibido na tela da maquininha ou na confirmação de um Pix. Além disso, jamais entregue seu cartão ao suposto entregador.
Os criminosos também utilizam táticas adicionais para obter dados sigilosos. Em algumas situações, pedem uma selfie sob o pretexto de confirmar a entrega. Contudo, o verdadeiro objetivo é usar a foto como autenticação biométrica para acessar a conta bancária da vítima.
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O que fazer se cair na armadilha?
Apesar de todos os cuidados, algumas pessoas acabam cedendo ao golpe do presente. Nesses casos, agir rapidamente faz toda a diferença. O primeiro passo é entrar em contato imediato com a instituição financeira para relatar a transação suspeita.
Ao bloquear o cartão ou a conta, é possível reduzir os danos e evitar que os criminosos tenham acesso a valores adicionais. Além disso, registrar um boletim de ocorrência é essencial. Esse procedimento fortalece as estatísticas de segurança pública e pode ajudar em investigações futuras.
Por fim, compartilhar a experiência com familiares, amigos e colegas de trabalho contribui para a prevenção coletiva. A troca de informações fortalece a rede de proteção e impede que mais pessoas caiam na mesma armadilha.
Assim, mesmo diante de prejuízos, a vítima consegue transformar sua experiência em alerta útil para a sociedade. Ao combinar ação rápida com conscientização, torna-se possível reduzir impactos e reforçar a defesa contra práticas fraudulentas como o golpe do presente.
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