Governo aprovou isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil: entenda
O projeto de isenção do Imposto de Renda nessa faixa foi sugerido pelo presidente Lula ainda em campanha presidencial.
O Imposto de Renda da Pessoa Física, conhecido como IRPF, representa uma das principais ferramentas de arrecadação do governo federal. Ele incide diretamente sobre os rendimentos dos trabalhadores e exerce papel central na manutenção de serviços públicos essenciais, como saúde, educação e segurança.
Por isso, qualquer mudança nas regras de tributação impacta milhões de brasileiros e também a própria economia do país. Em um cenário no qual o custo de vida cresce de forma constante, o debate sobre ajustes na tabela do IRPF ganha força.
Assim, a discussão sobre ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda se torna ainda mais relevante, pois trata diretamente do poder de compra das famílias e da justiça tributária. Com a diminuição do imposto para classes mais baixas, sobre mais dinheiro para investir em qualidade de vida.

Neste artigo, você confere:
Câmara aprova isenção do Imposto de Renda até R$ 5 mil
A Câmara dos Deputados aprovou, por unanimidade, o projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para trabalhadores que recebem até R$ 5.000 mensais. Essa decisão representa um marco político e econômico, pois atende a uma das principais promessas do presidente Lula da Silva.
A medida agora segue para o Senado, onde precisa de aval antes de virar lei. Segundo estimativas apresentadas pelo relator Arthur Lira, cerca de 16 milhões de contribuintes deixarão de pagar IR a partir de 2026.
Além da faixa de isenção total até R$ 5 mil, o projeto aprovado prevê isenção parcial para quem ganha até R$ 7.350 mensais. Isso significa que o número de beneficiados vai além daqueles completamente dispensados do tributo.
Essa nova estrutura busca corrigir a defasagem histórica da tabela do IR, que, durante anos, manteve trabalhadores de renda intermediária dentro da faixa de contribuição, mesmo sem condições equivalentes de arcar com a carga tributária.
O texto aprovado recebeu apoio suprapartidário, unindo base governista e oposição. Essa convergência demonstra a relevância da proposta e o consenso em torno da necessidade de aliviar os trabalhadores diante da pressão fiscal.
Para o governo, além de cumprir uma promessa, o avanço fortalece a narrativa de responsabilidade com as contas públicas. Afinal, o projeto prevê mecanismos de compensação. Esse equilíbrio entre alívio tributário e responsabilidade fiscal aumenta as chances de aprovação definitiva.
O que vai faltar para sanção?
Apesar da aprovação na Câmara, o projeto precisa ainda do aval do Senado Federal. Segundo a ministra Gleisi Hoffmann, há um clima favorável entre as lideranças, o que reforça o otimismo do presidente Lula em relação ao desfecho.
Caso a tramitação seja concluída até dezembro, a regra poderá valer já no exercício fiscal de 2026. Paralelamente, outro projeto, apresentado por Eduardo Braga e relatado por Renan Calheiros, propõe isenção até R$ 4.990. No entanto, especialistas indicam que o texto do Executivo deve prevalecer.
Saiba mais: Usuários terão opção de autoatendimento para contestar fraudes via Pix – ProCred 360
Entendendo o projeto de isenção do Imposto de Renda
O novo desenho do IR busca ampliar a justiça tributária. Ao isentar quem ganha até R$ 5.000 e oferecer desconto parcial até R$ 7.350, a medida protege trabalhadores que, historicamente, arcaram com um peso desproporcional no orçamento.
Essa alteração traz alívio imediato e aumenta o poder de compra de milhões de brasileiros. Com isso, o consumo interno tende a crescer, fortalecendo setores como comércio e serviços, diretamente dependentes da renda popular. Dessa forma, o impacto positivo deve alcançar a economia geral.
Além do efeito sobre os contribuintes, a mudança aproxima o Brasil das práticas internacionais. Em diversos países da OCDE, a faixa de isenção do imposto de renda é mais ampla e oferece alívio aos trabalhadores de menor poder aquisitivo.
Assim, a alteração da tabela representa não apenas uma correção de defasagem, mas também um movimento de alinhamento a padrões globais. Esse avanço traz ganhos de imagem ao país e fortalece o discurso de equidade no sistema tributário nacional.
Outro ponto de destaque é a clareza no objetivo do governo: reequilibrar a carga tributária. Ao aliviar a base e a classe média, o projeto transfere parte da responsabilidade para os que se encontram no topo da pirâmide de rendimentos.
Como será feita a compensação fiscal?
Para evitar perda de arrecadação, o projeto prevê aumento da tributação sobre rendas superiores a R$ 600 mil anuais, o que equivale a aproximadamente R$ 50 mil mensais. Esse mecanismo de compensação busca equilibrar a conta pública, garantindo que a medida não fragilize o orçamento federal.
Saiba mais: Último lote do IRPF paga R$ 1 bilhão para mais de 300 mil beneficiários; saque agora – ProCred 360
Como isso beneficiaria os contribuintes?
A isenção do Imposto de Renda trará benefícios diretos a milhões de brasileiros. Estima-se que 16 milhões fiquem completamente livres da cobrança e que outros milhões tenham redução parcial. Essa liberação de recursos amplia o poder de compra das famílias, gerando estímulo ao consumo.
O resultado esperado é um círculo virtuoso, no qual a renda extra se transforma em consumo, fortalecendo empresas e aumentando a arrecadação indireta por meio de tributos sobre produtos e serviços.
Outro efeito relevante é a redução da inadimplência. Com maior renda disponível, trabalhadores poderão honrar compromissos financeiros de forma mais consistente. Essa melhora contribui para estabilizar o crédito e reduzir riscos bancários.
Além disso, setores como alimentação, vestuário e comércio popular devem sentir rapidamente o impacto positivo, já que absorvem grande parte do consumo das famílias de baixa e média renda. O benefício também se estende ao debate sobre justiça tributária.
Ao transferir parte da carga para as camadas mais ricas, o governo sinaliza compromisso com uma sociedade mais equilibrada. Essa redistribuição fortalece a percepção de que a tributação deve ser proporcional à capacidade de contribuição.
Críticas à proposta
Apesar dos benefícios, economistas alertam para riscos fiscais. A ampliação da isenção do Imposto de Renda pode reduzir a arrecadação federal, exigindo monitoramento constante das contas públicas do país.
Embora a taxação dos mais ricos seja uma solução viável, especialistas defendem cautela para evitar desequilíbrios. Outro desafio é alcançar trabalhadores autônomos e informais, que muitas vezes não declaram IR e podem não sentir os efeitos da medida.
Adicionalmente, críticos argumentam que o impacto fiscal pode pressionar o orçamento em médio prazo, exigindo novos ajustes. Nesse contexto, a responsabilidade fiscal se torna peça-chave para sustentar a proposta.
Por fim, vale destacar que a medida recoloca o Brasil em patamar mais próximo às práticas internacionais. Ao mesmo tempo, abre caminho para debates futuros sobre uma reforma tributária mais ampla, capaz de simplificar regras e distribuir melhor os encargos entre diferentes setores da sociedade.
Não perca: Taxa de desemprego encerra mês com menor percentual da história – ProCred 360