Finanças

Mais de 160 instituições financeiras e bancos abrem renegociação de dívidas

Os bancos e as instituições financeiras estão realizando um mutirão para auxiliar na quitação de dívidas de milhões de brasileiros

O endividamento atinge níveis alarmantes no Brasil e revela um cenário financeiro que exige atenção e ação imediata. Em setembro de 2025, cerca de 71,86 milhões de brasileiros estavam endividados, o que corresponde a 43,14% da população adulta do país.

Outras estimativas apontam números ainda mais elevados, chegando a 72 ou até 73 milhões de pessoas com dívidas acumuladas. Esse aumento constante reflete o impacto da inflação, do crédito fácil e da dificuldade de planejamento financeiro, fatores que, somados, comprometem a renda das famílias.

Diante desse panorama, o tema das dívidas torna-se central no debate econômico e social, impulsionando ações voltadas à renegociação e à reeducação financeira como caminhos para a recuperação da estabilidade das finanças pessoais e do equilíbrio econômico nacional.

Se você está com dívidas em aberto, veja como renegociá-las.
Se você está com dívidas em aberto, veja como renegociá-las. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / procred360.com.br

Bancos e instituições realizam mutirão de renegociação de dívidas

Em novembro de 2025, consumidores de todo o país terão uma oportunidade inédita para renegociar seus débitos e retomar o controle do orçamento. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban), em parceria com mais de 160 instituições financeiras, promoverá um grande mutirão nacional de negociação.

A ação tem como objetivo reduzir o número de brasileiros inadimplentes por meio de condições especiais de pagamento, como parcelamentos facilitados, descontos no saldo devedor e taxas de juros reduzidas conforme o perfil de cada consumidor.

O mutirão representa uma resposta direta ao aumento do endividamento e à necessidade de soluções acessíveis para milhões de brasileiros. A iniciativa não se limita a aliviar o peso financeiro imediato, mas também busca prevenir o superendividamento.

Ao incentivar a renegociação responsável, os bancos contribuem para restaurar a confiança no sistema financeiro e fortalecer o equilíbrio econômico. Essa medida, portanto, beneficia tanto o consumidor quanto o próprio mercado, já que reduz a inadimplência e estimula a circulação de capital.

Quais dívidas podem ser renegociadas?

O mutirão abrangerá diversas modalidades de crédito, permitindo que os consumidores ajustem débitos antigos com condições exclusivas. Poderão ser renegociadas:

  • Dívidas de cartão de crédito;
  • Cheque especial;
  • Crédito consignado;
  • Outras linhas de financiamento sem bens dados em garantia.

No entanto, é importante destacar que apenas as dívidas em atraso ou prescritas poderão participar da ação, desde que não envolvam garantias como imóveis ou veículos. Cada negociação será realizada diretamente com os bancos e instituições participantes, de forma presencial nas agências.

É possível usar canais digitais oficiais ou pelo portal Consumidor.gov.br, garantindo segurança e praticidade. Essa variedade de opções facilita o acesso do público e estimula a adesão de um número maior de devedores interessados em regularizar sua situação financeira.

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Como renegociar débitos com bancos e instituições?

Para participar do mutirão, o consumidor deverá entrar em contato com o banco credor durante o período da campanha, que começa em 1º de novembro. O processo é simples e pode ser realizado presencialmente, pelos canais digitais das instituições ou pelo portal oficial do governo.

Durante o atendimento, cada cliente receberá uma análise individual de suas dívidas, considerando o valor devido, o tempo de atraso e a capacidade de pagamento, o que permite personalizar as condições de negociação.

Além das facilidades oferecidas pelos bancos, os consumidores também poderão contar com o apoio dos Procons que aderirem ao mutirão. Esses órgãos prestarão orientação sobre como organizar as finanças, avaliar propostas e elaborar um plano de pagamento que se encaixe na realidade de cada pessoa.

As edições anteriores do mutirão demonstraram o sucesso da estratégia e seu impacto direto na redução da inadimplência. Em março de 2025, por exemplo, a campanha resultou na renegociação de 1,4 milhão de contratos em todo o país.

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Benefícios para a economia

O mutirão de renegociação de dívidas não beneficia apenas os consumidores endividados, mas também a economia brasileira como um todo. Ao permitir que milhões de pessoas regularizem suas pendências, a iniciativa injeta fôlego no mercado, aumenta o poder de consumo e estimula o comércio e os serviços.

Dessa forma, o dinheiro que antes era comprometido com juros e multas passa a circular de maneira mais produtiva, gerando impactos positivos em diferentes setores. Essa dinâmica contribui para o crescimento econômico sustentável e para a retomada da confiança no crédito.

Além disso, a renegociação de dívidas reduz o índice de inadimplência bancária, fortalecendo o sistema financeiro e criando um ambiente mais estável para concessão de novos créditos. Com isso, as instituições podem oferecer melhores condições aos clientes e estimular o consumo responsável.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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