Quem já entregou a declaração do IRPF agora só precisa esperar para receber o pagamento da restituição, que já começou a ser entregue.
A restituição do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) representa a devolução de valores pagos a mais durante o ano-calendário ao longo da declaração anual. Sempre que o contribuinte comprova que houve retenção maior do que o necessário, a Receita Federal devolve esse excedente.
Essa devolução depende de uma análise criteriosa da declaração e segue critérios específicos de prioridade e cronograma de liberação. Por isso, entender o funcionamento do processo e acompanhar as datas de liberação se torna fundamental.
Além disso, o valor restituído passa por correções financeiras que podem aumentar a quantia recebida, tornando o planejamento tributário ainda mais relevante. Conhecer as regras, os prazos e os critérios é essencial para garantir que os recursos sejam recebidos com segurança e no tempo certo.

Neste artigo, você confere:
Quem tem direito à restituição do IRPF?
A restituição acontece sempre que o contribuinte paga mais imposto do que o necessário ao longo do ano. Isso ocorre com frequência quando há retenções mensais na fonte, especialmente em contratos de trabalho formais, mas também em outros rendimentos sujeitos a tributação.
Ao fazer a declaração do IRPF, a Receita Federal compara os impostos pagos com os que seriam devidos conforme as despesas dedutíveis e a faixa de rendimento. Quando há saldo positivo, ou seja, valor pago maior que o imposto apurado, o contribuinte passa a ter direito à restituição.
Entre os fatores que geram saldo a restituir, destacam-se as deduções legais permitidas, como despesas com educação, saúde, dependentes, pensão alimentícia e contribuição previdenciária. Além disso, a utilização de declarações pré-preenchidas e dos códigos de rendimento também influenciam.
Quais as condições para recebê-la?
Para ter direito à restituição, o contribuinte precisa enviar a declaração do IRPF dentro do prazo e informar corretamente todos os dados solicitados. É obrigatório também indicar uma conta bancária válida, de preferência uma conta-corrente de titularidade do contribuinte.
Contas-salário e contas de terceiros não são aceitas pela Receita Federal. Outra exigência é que não haja pendências na declaração, o que exige regularidade cadastral, ausência de erros e confirmação de documentos. Quando há inconsistência, o contribuinte cai na malha fina, o que impede a liberação.
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Quem recebe o pagamento primeiro?
A Receita Federal organiza o pagamento da restituição em cinco lotes, com ordem de prioridade bem definida. Confira a sequência dos pagamentos:
- Pessoas com mais de 80 anos
- Pessoas com mais de 60 anos, pessoas com deficiência ou moléstia grave
- Professores cuja principal fonte de renda seja o magistério
- Contribuintes que utilizaram a declaração pré-preenchida e optaram pelo recebimento via Pix
- Demais contribuintes, conforme a data de entrega da declaração
Essa ordem garante que os públicos mais vulneráveis ou mais organizados recebam primeiro. Por isso, enviar a declaração o quanto antes e escolher métodos modernos de pagamento, como o Pix, pode acelerar a liberação do crédito.
Como saber se minha restituição será liberada?
O contribuinte pode acompanhar a liberação da restituição diretamente no site da Receita Federal. Basta acessar a seção “Consulta à Restituição” e informar CPF, data de nascimento, ano do exercício e o código verificador.
Outra opção é acessar o portal de serviços da Receita e clicar em “Consultar Meu Imposto de Renda”, sendo necessário fazer login com conta no gov.br. Esses canais oferecem informações completas sobre o lote de pagamento, valores e eventuais pendências.
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Qual o valor da restituição?
O valor da restituição corresponde à diferença entre o imposto pago ao longo do ano e o imposto efetivamente devido após todas as deduções. Esse cálculo é realizado automaticamente pelo sistema da Receita Federal com base nos dados preenchidos.
Quanto mais deduções legítimas o contribuinte tiver, maior será a chance de gerar saldo a restituir. Entre os elementos que impactam o valor final, destacam-se o número de dependentes, os gastos com saúde e educação e as contribuições à previdência privada ou oficial.
A correta declaração dessas despesas pode aumentar significativamente o valor restituído. No entanto, o sistema só aceita gastos que tenham comprovação documental, como recibos, notas fiscais e comprovantes bancários. A omissão de informações pode resultar em atraso ou impedimento.
Essa quantia chega corrigida?
Sim. A Receita Federal aplica correção sobre o valor da restituição com base na taxa Selic acumulada de maio até o mês anterior ao pagamento. Além disso, no mês de liberação, acrescenta-se 1% de juros sobre o valor corrigido. Essa atualização busca compensar a espera do contribuinte.
No entanto, o valor corrigido só vale até o momento do crédito bancário. Caso o contribuinte não saque o dinheiro ou não o movimente, ele ficará parado na conta, sem rendimento adicional. Por isso, é importante acompanhar os avisos e garantir o saque assim que disponível.
Calendário de restituição em 2025
A Receita Federal libera as restituições em cinco lotes principais, seguindo o cronograma abaixo:
Lote | Data de Pagamento |
---|---|
1º lote | 30 de maio de 2025 |
2º lote | 30 de junho de 2025 |
3º lote | 31 de julho de 2025 |
4º lote | 29 de agosto de 2025 |
5º lote | 30 de setembro de 2025 |
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