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Lembra da nota de R$ 10 de plástico? Ela está completando 25 anos e vai valer uma fortuna!

Cada nota de real tem sua história e a de R$ 10 não e uma exceção. Ao longo dos anos, ela passou por grandes mudanças e uma dessas versões pode te deixar rico.

Desde a implementação do real em 1994, o Brasil passou por diversas transformações em suas cédulas, tanto em termos de segurança quanto de design. Inicialmente, a estética das notas refletia uma abordagem mais simples, com cores marcantes e ilustrações simbólicas dos animais da fauna nacional.

Com o passar dos anos, o Banco Central introduziu novos elementos gráficos, aprimorou a qualidade do papel e investiu em dispositivos de segurança mais sofisticados, acompanhando as tendências internacionais e combatendo a falsificação.

Ao longo dessas décadas, algumas edições comemorativas também se destacaram por seu valor histórico e visual diferenciado. Entre elas, uma nota específica se tornou um verdadeiro ícone por seu material inusitado e por sua trajetória curiosa no imaginário coletivo dos brasileiros.

Você tem uma nota de R$ 10 de plástico? Veja quanto pode lucrar com ela.
Você tem uma nota de R$ 10 de plástico? Veja quanto pode lucrar com ela. / Fonte: Reprodução/Banco Central

Nota de R$ 10 de plástico completa 25 anos

A nota de R$ 10 feita de polímero marcou uma revolução visual e material na história das cédulas brasileiras. Lançada em 2000 para comemorar os 500 anos da chegada dos portugueses ao Brasil, essa cédula representou uma inovação ao ser produzida com um material sintético resistente e maleável.

Popularmente apelidada de “nota de plástico”, ela foi a única da história do real a utilizar polímero como substrato, o que imediatamente despertou a curiosidade da população e deu à nota um ar futurista e diferente das demais.

O Banco Central emitiu cerca de 250 milhões de unidades dessa edição especial. No entanto, a dificuldade de produção – que envolvia a importação do substrato da Austrália – impediu sua adoção definitiva no sistema monetário brasileiro.

Ao contrário das demais cédulas de papel, a logística e os custos mais elevados impediram que o polímero se tornasse o padrão. Por isso, essa nota se manteve como um item limitado, o que contribuiu diretamente para seu valor simbólico e monetário nas décadas seguintes.

Mesmo ainda sendo válida como moeda de circulação, a nota de plástico já vem sendo retirada gradualmente de circulação desde o ano passado. O Banco Central iniciou esse processo ao substituir as cédulas da primeira família do real, produzidas entre 1994 e 2010.

Isso fez com que o número de notas em circulação despencasse para menos de 4 milhões. Essa escassez impulsionou o interesse de colecionadores e tornou a nota um item cobiçado em plataformas de compra e venda na internet.

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Quanto a nota de R$ 10 pode valer atualmente?

A raridade e a história por trás da nota de R$ 10 de polímero transformaram essa cédula em um objeto de desejo para muitos entusiastas da numismática. Em sites especializados, é possível encontrar exemplares sendo vendidos por valores que ultrapassam os R$ 1.000.

Isso representa mais de 100 vezes seu valor original, o que é uma pequena fortuna em comparação. Essa valorização está diretamente relacionada à sua baixa oferta atual e à memória afetiva que ela desperta em parte da população brasileira.

Além do valor de mercado, há um forte apelo emocional associado à nota, o que potencializa seu interesse entre colecionadores. Casos como o do empreendedor Gabriel Garros, que pagou um valor dez vezes maior pelo simples apego afetivo à cédula.

Isso mostra como o componente emocional pode interferir diretamente em sua cotação. A narrativa em torno da “nota que não molhava”, uma espécie de lenda urbana dos anos 2000, reforça ainda mais seu status icônico e a consolida como um item de valor histórico.

Como fazer ela valer mais?

Para que a nota de R$ 10 de plástico alcance valores mais altos no mercado de colecionadores, é essencial garantir sua boa conservação. Notas sem rasgos, manchas ou marcas de dobras têm uma cotação consideravelmente superior.

O estado de conservação “flor de estampa”, ou seja, quando a nota nunca foi usada, é o mais valorizado. Manter a nota em álbuns próprios ou protegida por invólucros plásticos ajuda a preservar suas características originais por mais tempo.

Outro ponto que pode elevar o valor da nota está nos detalhes específicos da impressão. Cédulas com números de série raros, erros de impressão ou selos adicionais da Casa da Moeda tendem a chamar mais atenção dos colecionadores experientes.

Além disso, o ano de emissão e o prefixo numérico também podem influenciar no preço, especialmente entre exemplares de tiragens mais limitadas ou de séries comemorativas específicas. Por fim, contar com a certificação de autenticidade é uma maneira eficiente de valorizar ainda mais a cédula.

Algumas casas especializadas e colecionadores profissionais oferecem serviços de verificação e selagem, o que garante ao comprador a procedência da peça. Esse tipo de certificação pode ser o diferencial que define o valor final de uma nota de plástico no mercado de colecionismo.

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Detalhes interessantes sobre a nota de R$ 10 de plástico

Além da sua importância histórica e do valor crescente no mercado, a nota de R$ 10 feita de polímero possui características visuais e simbólicas que a tornam ainda mais fascinante. Seu design foi cuidadosamente pensado para homenagear o marco dos 500 anos do descobrimento do Brasil.

A efígie de Pedro Álvares Cabral

Na frente da nota, encontra-se o retrato estilizado de Pedro Álvares Cabral, o navegador português que chegou ao Brasil em 1500. Ao lado de sua imagem, aparecem outros elementos que fazem referência ao contexto histórico do descobrimento.

Detalhes como a carta de Pero Vaz de Caminha e o mapa “Terra Brasilis”, um dos primeiros registros da nova terra, estão presentes na cédula. Também é possível identificar uma rosa dos ventos e cinco naus da expedição portuguesa.

Pluralidade representada no reverso

O verso da cédula oferece uma homenagem à diversidade do povo brasileiro. Composta por quadros sobrepostos, a imagem forma uma representação do mapa do Brasil com rostos estilizados de diferentes etnias: indígenas, negros, brancos e mestiços.

Azulejos e cruzes portuguesas

Outro detalhe interessante está na composição de fundo da nota. Inspirada nos azulejos portugueses do século XVI, a arte da cédula incorpora elementos decorativos típicos, com linhas curvas e simétricas. Há a presença da Cruz da Ordem de Cristo, símbolo utilizado nas velas das embarcações portuguesas.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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