Ter direito à aposentadoria por invalidez pode ser um caminho difícil para muitos trabalhadores brasileiros, mas, em meio às dificuldades, uma notícia importante chega para quem enfrenta doenças graves: o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) atualizou a lista de enfermidades que isentam a carência, permitindo acesso imediato a benefícios sem a necessidade de 12 contribuições mínimas.
Mas, apesar dessa facilidade, o processo exige comprovações rigorosas, incluindo laudos médicos e perícias, que podem atrasar ou até impedir o acesso ao benefício se não forem apresentados corretamente.
Ainda assim, para milhares de segurados, essa atualização representa uma chance real de obter suporte financeiro em momentos críticos, sem esperar anos para completar o tempo de contribuição.
Além disso, a lista atualizada não para de crescer: novas doenças foram incluídas, refletindo os avanços da medicina e o compromisso do governo em proteger quem realmente precisa.
Portanto, é fundamental entender quais são essas condições, como funciona o processo de solicitação e quais cuidados tomar para garantir os direitos.

Lista atualizada de doenças que eliminam a carência na aposentadoria por invalidez
A Portaria Interministerial MTP/MS nº 22/2022 ampliou o rol para 17 doenças que dispensam a carência de contribuições para a concessão de benefícios por incapacidade. Entre as principais enfermidades estão:
- Tuberculose ativa
- Neoplasia maligna (câncer)
- Acidente vascular encefálico agudo (derrame)
- Abdome agudo cirúrgico
- Síndrome da deficiência imunológica adquirida (AIDS)
Mas a lista vai além: doenças neurológicas graves, como esclerose múltipla e Parkinson, condições infecciosas, como hanseníase, e problemas crônicos como cardiopatia e nefropatia graves também estão contempladas.
Essas doenças, quando comprovadas por laudos médicos detalhados, autorizam o segurado a solicitar o benefício imediatamente, mesmo que não tenha cumprido o tempo mínimo de contribuições exigido pelas regras convencionais do INSS.
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Como solicitar o benefício sem carência: exigências e procedimentos
O direito à isenção de carência, apesar de facilitado, não é automático. O segurado deve reunir uma documentação médica robusta, incluindo laudos oficiais com o Código Internacional de Doenças (CID), exames, atestados e receituários, que comprovem a gravidade da condição e a impossibilidade de exercer atividades laborais.
O INSS realiza perícias médicas presenciais ou análises documentais para avaliar a real situação do trabalhador. Nesse contexto, a modalidade de Análise Documental tem ganhado espaço, especialmente para agilizar o atendimento e evitar deslocamentos em casos comprovados.
Para dar entrada no pedido, o segurado pode utilizar o portal Meu INSS, aplicativo móvel ou o telefone 135, onde agendará a perícia e anexará os documentos necessários.
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Mas a falta de documentação adequada ou a demora no agendamento podem atrasar a concessão, fazendo com que muitos trabalhadores enfrentem longos períodos sem o suporte financeiro. Por isso, a orientação é buscar auxílio de profissionais da saúde e de órgãos de apoio para preparar um dossiê completo.
A importância da atualização periódica e o impacto social
A revisão da lista de doenças sem carência é trienal, e sua última atualização refletiu avanços da medicina e novas realidades epidemiológicas.
A inclusão de condições como acidente vascular encefálico agudo e abdome agudo cirúrgico demonstra a preocupação do governo em reconhecer situações que exigem atenção imediata e proteção social.
Mas o impacto vai além da burocracia: cerca de 35% dos benefícios por incapacidade concedidos em 2023 foram relacionados a essas doenças graves, mostrando a relevância da medida para milhares de trabalhadores e suas famílias.
Além disso, o INSS tem investido em campanhas educativas, mutirões de atendimento e digitalização dos processos para ampliar o acesso, principalmente para populações vulneráveis como trabalhadores rurais e pessoas com limitações físicas.
Essa política reforça o compromisso com a proteção social, reduzindo o sofrimento e o impacto financeiro causado por doenças incapacitantes, e promovendo dignidade e qualidade de vida para quem mais precisa.