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Medo de cair na malha fina? Evite estes erros para não ter problemas com o Fisco em 2025!

Cair na malha fina é um dos maiores pesadelos de todos que precisam declarar o Imposto de Renda, por isso é importante tomar cuidado.

A declaração do Imposto de Renda é uma obrigação anual que permite ao governo brasileiro acompanhar a evolução patrimonial e a renda dos contribuintes. Ao preencher e entregar corretamente as informações exigidas pela Receita Federal, o cidadão demonstra transparência e evita sanções legais.

Além disso, quem tem direito à restituição precisa garantir que todos os dados estejam completos e corretos para não enfrentar atrasos no pagamento. Com o avanço da tecnologia e o cruzamento automático de informações, qualquer inconsistência ou omissão pode gerar suspeitas.

Por isso, declarar com atenção e responsabilidade tornou-se uma prática essencial para garantir tranquilidade ao longo do ano fiscal e segurança jurídica no controle das finanças pessoais. Afinal, é o seu nome e seus documentos que estão em jogo.

Se você não quer correr o risco de cair na malha fina, veja erros para evitar.
Se você não quer correr o risco de cair na malha fina, veja erros para evitar. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / procred360.com.br

Por que a malha fina é o terror dos declarantes do IRPF?

A malha fina representa uma das maiores preocupações dos contribuintes na época da declaração do Imposto de Renda. Isso acontece porque cair nesse processo significa que a Receita Federal identificou divergências, omissões ou inconsistências nas informações prestadas.

Esse tipo de retenção pode atrasar a restituição de valores devidos, gerar multas e até provocar investigações mais aprofundadas. A maioria das ocorrências decorre de erros simples, como esquecer rendimentos, deixar de informar dependentes corretamente ou declarar valores incorretos.

Por isso, compreender como a Receita analisa as declarações é fundamental para prevenir esse tipo de complicação. O sistema da Receita cruza automaticamente as informações declaradas com os dados fornecidos por bancos, empresas, cartórios, planos de saúde, corretoras e outras fontes.

Qualquer incompatibilidade chama a atenção do Fisco, o que pode resultar em exigência de retificação. A melhor maneira de evitar a malha fina é declarar tudo de forma minuciosa e verificar todos os documentos antes do envio. Não adianta deixar para a última hora, pois a pressa aumenta o risco de erro.

Tem como sair dessa situação após cair nela?

Mesmo que o contribuinte caia na malha fina, a situação pode ser resolvida com rapidez e clareza, desde que ele acompanhe os canais oficiais da Receita. Assim que a notificação de pendência aparecer, o primeiro passo é acessar o e-CAC, portal de atendimento da Receita Federal.

Ali, é possível verificar os motivos que levaram à retenção da declaração e identificar quais campos precisam de correção. Caso o contribuinte concorde com os apontamentos, basta enviar uma declaração retificadora, corrigindo os dados com precisão.

No entanto, se houver a emissão de um Termo de Intimação, o processo se torna mais rigoroso e envolve etapas formais que devem ser seguidas com prazos definidos. Nesses casos, pode ser necessário reunir documentos comprobatórios e apresentar uma defesa estruturada para justificar os dados declarados.

Ainda assim, manter a calma e seguir corretamente as instruções do Fisco costuma ser suficiente para reverter o cenário e evitar penalizações mais graves. A prevenção continua sendo o melhor caminho, mas a solução também existe para quem enfrentar contratempos com o Leão.

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Evite estes erros para não cair na malha fina

Erros comuns na declaração são os principais responsáveis pelas retenções na malha fina. Embora pareçam simples, essas falhas comprometem a confiança do Fisco e dificultam a liberação da restituição. Com atenção redobrada e conhecimento das exigências, é possível evitar cada uma delas com facilidade.

Esquecer rendimentos de diferentes fontes

Todo contribuinte deve declarar todas as fontes pagadoras, incluindo seus respectivos CNPJs ou CPFs, sem exceção. Isso vale para salários, rendimentos de serviços prestados, pensões, aposentadorias, aluguéis e até ações judiciais. Muitos erros acontecem ao esquecer dos demais rendimentos.

Não declarar rendimentos de dependentes

Ao incluir um dependente na declaração, o titular assume a responsabilidade de informar todos os dados financeiros dessa pessoa. Isso inclui rendimentos tributáveis, mesmo que estejam abaixo do limite anual. Omissões envolvendo dependentes podem comprometer a veracidade da declaração.

Ignorar a obrigatoriedade do carnê-leão

Quem recebe valores de pessoas físicas ou do exterior precisa recolher mensalmente o carnê-leão, e isso inclui pensões alimentícias, rendimentos de aluguéis sem retenção, serviços prestados a organismos internacionais ou valores do exterior.

Omitir saldos bancários e aplicações

Saldos superiores a R$140,00 em contas correntes, poupanças ou outras aplicações devem ser obrigatoriamente declarados. A omissão desses valores, inclusive quando em nome de dependentes, pode indicar inconsistência no patrimônio declarado e acionar o alerta da Receita.

Uso indevido de CPF

Permitir que terceiros usem seu CPF para comprar bens ou realizar transações pode resultar em sérios problemas. O sistema da Receita pode identificar variações patrimoniais que não correspondem à sua realidade financeira e considerar isso uma tentativa de fraude.

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Como conferir se minha declaração caiu na malha fina?

Para saber se a sua declaração está retida na malha fina, o contribuinte deve acessar o portal e-CAC, disponível no site da Receita Federal. Ao entrar com o código de acesso ou conta gov.br, é possível visualizar o status da declaração e conferir se houve alguma pendência apontada pelo Fisco.

O sistema detalha os campos com inconsistências, permitindo ao cidadão agir rapidamente. O ideal é fazer esse acompanhamento logo após o envio, pois quanto mais cedo identificar a pendência, mais fácil será resolver a situação.

Outra dica importante é ativar notificações no e-CAC para receber alertas automáticos caso surjam inconsistências. Isso evita surpresas desagradáveis meses depois do envio da declaração. Se estiver tudo certo, o sistema indicará que a declaração foi processada com sucesso.

Caso contrário, caberá ao contribuinte analisar os dados e fazer as correções necessárias. O uso do programa atualizado da Receita também ajuda a evitar erros, já que ele emite alertas preventivos durante o preenchimento dos dados.

Por fim, mesmo após o prazo oficial de entrega, continue monitorando sua declaração ao longo dos próximos meses. A Receita pode revisar informações por até cinco anos após o envio, e qualquer inconsistência futura pode gerar novas exigências.

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Nicole Ribeiro

Formada em Letras - Português pela Universidade do Estado de Minas Gerais, redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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