Finanças

Ministro da Fazenda defende projeto que isenta do IRPF aqueles que recebem até R$ 5 mil

Recentemente, o ministro Fernando Haddad defendeu a necessidade de aprovar a isenção do IRPF para quem recebe até R$ 5 mil.

O Imposto de Renda da Pessoa Física, conhecido pela sigla IRPF, ocupa lugar central no sistema tributário do Brasil. Mais do que uma obrigação anual, ele representa um mecanismo que assegura a arrecadação de recursos necessários para financiar serviços públicos e políticas sociais.

Por meio do IRPF, o governo consegue distribuir de forma mais justa o peso dos tributos entre diferentes faixas de renda, estimulando a equidade econômica. No entanto, o tema desperta debates acalorados, já que impacta diretamente a vida financeira de milhões de brasileiros.

A discussão sobre ajustes na tabela e possíveis isenções reflete não apenas questões fiscais, mas também desafios sociais e políticos. Por isso, compreender as propostas em andamento torna-se essencial para avaliar seus efeitos na sociedade.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, definiu a isenção para R$ 5 mil do IRPF como "fundamental".
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, definiu a isenção para R$ 5 mil do IRPF como “fundamental”. / Foto: José Cruz/Agência Brasil

Ministro Haddad defende isenção do IRPF para até R$ 5 mil

O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, apresentou uma proposta que isenta do IRPF os trabalhadores que recebem até R$ 5 mil mensais. Ele classificou a iniciativa como fundamental para aliviar a carga sobre a classe média e os assalariados, grupos que sustentam boa parte da arrecadação do imposto.

Ao defender a medida, Haddad reforçou que a iniciativa traz alívio imediato para quem sente com maior intensidade o peso da tributação. Além disso, ele destacou que a faixa de até R$ 5 mil abrange uma parcela expressiva da população ativa, tornando a mudança altamente relevante do ponto de vista social.

Outro ponto ressaltado pelo ministro envolve o caráter simbólico da medida. Ao ampliar a faixa de isenção, o governo sinaliza que reconhece os desafios enfrentados pela classe média e pelos trabalhadores formais.

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Como funciona a proposta de isenção?

De acordo com o Ministro Haddad, a proposta de isenção até R$ 5 mil mensais foi desenhada de forma a manter neutralidade fiscal. Isso significa que a renúncia de aproximadamente R$ 30 bilhões anuais não afetará o equilíbrio das contas públicas.

Para compensar essa perda, o governo pretende tributar cerca de 141 mil brasileiros classificados como super-ricos, que hoje se beneficiam de isenções e alíquotas reduzidas em determinados rendimentos e pagam impostos muito baixos em comparação à sua renda.

O ministro ressaltou que o objetivo não é empobrecer os mais ricos, mas assegurar que todos contribuam de maneira justa. Ele comparou essa correção com a situação dos assalariados, que já pagam imposto diretamente em seus salários.

Outro ponto central envolve a questão estrutural da desigualdade no Brasil. Para Haddad, o país precisa enfrentar esse problema com coragem e responsabilidade. Ele afirmou que a reforma no IRPF representa um passo concreto para reduzir disparidades.

Como anda a tramitação?

A proposta de isenção tramita atualmente no Congresso Nacional e já passou por etapas importantes. O ministro reconheceu que o maior risco envolve a possibilidade de os parlamentares aprovarem apenas a isenção, rejeitando a contrapartida da taxação sobre os mais ricos.

No entanto, Haddad disse acreditar que o risco é pequeno. Ele explicou que houve acordo prévio com lideranças partidárias para que a proposta siga com o pacote completo. Além disso, destacou que o relatório elaborado pelo deputado Arthur Lira recebeu aprovação unânime em comissão.

Esse apoio político reforça a expectativa de avanço da medida. Ainda assim, Haddad reconheceu que a tramitação exige negociações constantes, pois o tema mexe com interesses de diferentes setores. Segundo ele, o governo seguirá dialogando para garantir que a proposta mantenha equilíbrio fiscal.

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Quem precisa declarar IRPF atualmente?

Enquanto a proposta não avança, a obrigação de declarar o IRPF permanece válida para milhões de contribuintes. Atualmente, devem apresentar a declaração:

  • Quem recebeu rendimentos tributáveis acima do limite anual estabelecido pela Receita Federal.
  • Quem obteve rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte, acima do limite definido.
  • Quem teve, em qualquer mês, ganho de capital com a venda de bens ou direitos.
  • Quem realizou operações em bolsas de valores, mercadorias, futuros ou assemelhadas.
  • Quem possuía, em 31 de dezembro, a posse ou propriedade de bens e direitos cujo valor total ultrapassava o limite estabelecido.
  • Quem passou à condição de residente no Brasil em qualquer mês e encontrava-se nessa situação em 31 de dezembro.
  • Quem obteve receita bruta anual proveniente de atividade rural acima do valor determinado pela Receita.

Essa lista evidencia como a obrigatoriedade do IRPF se estende para diferentes perfis de cidadãos. Dessa forma, compreender as regras torna-se essencial para evitar multas e garantir conformidade com a legislação vigente.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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