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Moedas serão extintas? Esse país acabou com todas e a economia disparou!

As moedas podem ser um formato de pagamento que, com o passar do tempo, entrarão em desuso. Nos Estados Unidos, por exemplo, elas já foram extintas.

As moedas fazem parte da história da civilização há milênios, representando mais do que apenas unidades monetárias. Elas simbolizam o poder econômico, a soberania de nações e a evolução das sociedades em sua relação com o dinheiro.

Ao longo do tempo, o uso das moedas físicas sofreu diversas transformações, principalmente com o avanço da tecnologia e a digitalização dos pagamentos. Ainda assim, as moedas mantêm seu espaço no dia a dia de milhões de pessoas, sobretudo nas transações de pequeno valor.

No entanto, esse cenário vem mudando à medida que governos questionam a viabilidade de manter em circulação moedas cujo custo de produção ultrapassa seu próprio valor. Essa mudança de perspectiva tem levado países a repensarem o futuro das moedas em sua estrutura econômica.

As moedas podeme star a um passo de cair em desuso. Entenda o motivo principal.
As moedas podem estar a um passo de cair em desuso. Entenda o motivo principal. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / procred360.com.br

EUA acabou com a produção de moedas

O governo dos Estados Unidos anunciou em fevereiro de 2025 o fim da produção de moedas de um centavo, como parte de um esforço para otimizar os gastos públicos. Essa medida foi resultado de uma análise detalhada conduzida pelo Tesouro americano, que concluiu que fabricá-las gera muito custo.

A Casa da Moeda vinha acumulando prejuízos significativos ao continuar a produção dessas unidades monetárias, o que motivou a decisão de encerrar a fabricação de forma definitiva. A medida reflete uma preocupação crescente com a responsabilidade fiscal e com a eficiência na alocação de recursos públicos.

Com isso, os Estados Unidos seguem uma tendência já observada em outros países, como o Brasil, que descontinuou a produção de moedas de um centavo em 2004. Na época, o Banco Central justificou a medida com argumentos semelhantes: os custos elevados e a baixa circulação.

A experiência brasileira serve como referência para compreender as possíveis consequências da decisão americana, mostrando que o impacto tende a ser absorvido pela economia com o tempo. Embora a moeda continue com valor legal, sua presença no comércio praticamente desapareceu no Brasil.

Circulação das moedas também chegou ao fim?

Apesar da interrupção na produção, as moedas de um centavo ainda continuam circulando nos Estados Unidos, pelo menos temporariamente. O governo não determinou o recolhimento imediato das unidades já emitidas, permitindo que continuem em uso até que deixem de aparecer nas transações cotidianas.

No entanto, à medida que as moedas se desgastam ou saem de circulação por meios naturais, como perda ou descarte, a expectativa é que sua presença diminua até desaparecer completamente do fluxo monetário, o que deve acontecer em alguns anos.

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Justificativa é financeira: custa caro produzir moedas

O fator determinante para o fim da produção das moedas de um centavo nos Estados Unidos foi, acima de tudo, o custo. Durante o ano fiscal de 2024, a Casa da Moeda gastou mais para fabricar cada unidade do que seu valor de face, o que tornou o processo economicamente inviável.

Estima-se que a produção envolvesse custos com materiais metálicos, energia, transporte e mão de obra que, somados, ultrapassavam os lucros gerados pelo uso da moeda. Essa realidade impulsionou uma avaliação detalhada dos gastos públicos, culminando na decisão de descontinuar a produção.

Esse tipo de ineficiência fiscal vai contra os princípios de uma gestão pública equilibrada, razão pela qual o governo americano optou por medidas de contenção mais rigorosas. Com o fim das moedas de um centavo, os Estados Unidos eliminam um custo desnecessário.

Além disso, a medida se alinha a um movimento internacional que busca modernizar os sistemas monetários e acompanhar a crescente digitalização das transações financeiras. A manutenção de itens com pouca circulação se mostra contraproducente em um cenário de pagamentos eletrônicos.

Por isso, ao abandonar a cunhagem dessa moeda, os Estados Unidos reafirmam o compromisso com políticas públicas baseadas em evidências e resultados. O governo também pretende reduzir despesas de forma mais ampla, promovendo ajustes em diversos setores da administração.

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Brasil pode seguir essa tendência no futuro?

Diante da decisão dos Estados Unidos, surge a pergunta sobre a possibilidade de o Brasil adotar medidas semelhantes com outras moedas em circulação. Embora o país já tenha encerrado a fabricação das moedas de um centavo em 2004, outras denominações de baixo valor continuam sendo produzidas.

Com o avanço da inflação e a mudança nos hábitos de consumo, essas unidades perdem cada vez mais seu poder de compra, o que levanta questionamentos sobre sua real utilidade. Além disso, os custos de produção continuam elevados, sobretudo com as variações nos preços dos metais e da logística.

O Banco Central do Brasil ainda não indicou qualquer intenção de eliminar novas moedas, mas acompanha de perto os movimentos de outros países. Com o crescimento das transações digitais e o uso de carteiras eletrônicas, o país também observa uma redução no uso de dinheiro físico.

Assim como nos Estados Unidos, uma eventual medida nesse sentido dependeria de análises econômicas detalhadas, estudos de impacto e estratégias de transição bem planejadas para evitar desequilíbrios no sistema financeiro nacional.

Caso o Brasil decida seguir esse caminho, os impactos provavelmente seriam similares aos observados nos EUA e em outros países. A economia tenderia a se ajustar rapidamente, especialmente porque o uso das moedas de baixo valor já é limitado.

Os comerciantes poderiam adotar práticas como o arredondamento nos valores das compras, o que já ocorre informalmente em várias regiões do país. Além disso, o fim da produção de moedas desvalorizadas poderia contribuir para uma gestão fiscal mais eficiente. Então, é questão de tempo.

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Nicole Ribeiro

Formada em Letras - Português pela Universidade do Estado de Minas Gerais, redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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