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Nova lei trabalhista chegou para mudar regime de serviço aos feriados e domingos; confira

Uma nova lei trabalhista deve entrar em vigor para determinar mudanças na vida de trabalhadores que atuam tanto aos domingos quanto nos feriados, momentos em que a maioria descansa.

Desde sua criação em 1943, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) se tornou o principal instrumento de regulação das relações trabalhistas no Brasil. Com o passar das décadas, o mundo do trabalho evoluiu, e a legislação precisou acompanhar esse movimento.

Mudanças tecnológicas, transformações nos modelos de emprego e novas demandas sociais exigem atualizações frequentes nas normas que regem os direitos e deveres de empregadores e empregados. Em resposta a esse cenário dinâmico, o governo brasileiro vem promovendo ajustes na legislação.

O objetivo é equilibrar as necessidades do mercado com a preservação das garantias legais dos trabalhadores. Um exemplo claro dessa tendência se manifesta nas novas diretrizes relacionadas ao funcionamento do comércio e dos serviços em datas tradicionalmente reservadas ao descanso.

Em breve, uma lei trabalhista vai entrar em vigor para flexibilizar a atuação dos trabalhadores.
Em breve, uma lei trabalhista vai entrar em vigor para flexibilizar a atuação dos trabalhadores. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / procred360.com.br

Lei trabalhista muda regras de serviço aos domingos e feriados

Com a entrada em vigor da Portaria nº 3.665/2023, marcada para o dia 1º de julho de 2025, o Brasil adota uma nova abordagem para o funcionamento de empresas aos domingos e feriados. A partir dessa data, setores como o comércio e os serviços precisarão formalizar acordos coletivos com os sindicatos.

Essa exigência representa uma mudança significativa, especialmente para estabelecimentos que operam rotineiramente em finais de semana e datas comemorativas, como supermercados, farmácias e lojas em centros comerciais. Assim, o governo pretende reforçar o papel da negociação coletiva.

Anteriormente, muitas empresas contavam com autorizações permanentes que dispensavam negociações específicas com os sindicatos, o que, por vezes, resultava em condições desfavoráveis para os funcionários. Com a nova norma, qualquer jornada de trabalho precisará da anuência formal.

Essa medida não apenas fortalece a atuação dos sindicatos como também amplia a proteção jurídica aos trabalhadores. Ao mesmo tempo, promove um ambiente de diálogo entre as partes envolvidas, o que contribui para a prevenção de conflitos e litígios trabalhistas futuros.

Portanto, os empregadores deverão se adequar às novas exigências legais para evitar penalidades e garantir o pleno funcionamento de suas atividades. Isso envolve, obrigatoriamente, a revisão de escalas de trabalho, a inclusão de compensações proporcionais e o registro formal dos acordos firmados.

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O que diz a legislação?

A nova regulamentação determina que, para que qualquer colaborador atue em domingos ou feriados, deve haver um acordo coletivo previamente estabelecido com o sindicato da categoria. Essa negociação passa a ser obrigatória e se sobrepõe a permissões antigas que, até então, dispensavam esse ajuste.

A medida promove um avanço importante na legislação, ao garantir que as jornadas em datas especiais contem com regras claras, validadas pelas duas partes envolvidas. Assim, os direitos dos trabalhadores ganham um respaldo mais forte, e as empresas se veem obrigadas a respeitar os limites legais impostos.

Além disso, a legislação estabelece que essas jornadas devem incluir benefícios específicos aos empregados, como o pagamento adicional pelas horas trabalhadas e a concessão de folgas compensatórias. Isso significa que os trabalhadores terão direito a um descanso proporcional.

O objetivo é assegurar que nenhuma atividade executada nesses dias comprometa a saúde física ou mental dos profissionais envolvidos. Outro ponto fundamental da legislação é o reforço no papel dos sindicatos. Eles deixam de ter uma função consultiva e passam a exercer um papel central.

Ao garantir voz ativa às entidades sindicais, o governo valoriza o processo de negociação coletiva como uma ferramenta legítima e democrática de mediação entre os interesses patronais e os direitos da classe trabalhadora.

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Qual o objetivo da nova lei trabalhista?

Com as mudanças introduzidas pela portaria, o governo busca promover relações de trabalho mais equilibradas e justas, especialmente em datas que tradicionalmente são reservadas ao lazer e à convivência familiar.

A intenção principal da nova lei trabalhista é impedir que empregados sejam obrigados a atuar em domingos e feriados sem a devida compensação ou consentimento. Ao estabelecer regras mais rígidas, o Estado assegura que essas atividades ocorram dentro de parâmetros legais.

Além disso, a norma fortalece o papel dos sindicatos como defensores dos direitos coletivos. Ao exigir que as jornadas nessas datas sejam negociadas por meio de acordos coletivos, o governo garante que os trabalhadores tenham representação legítima e organizada.

Essa mudança contribui para tornar o processo mais transparente, dificultando práticas abusivas e assegurando que os termos do contrato de trabalho sejam efetivamente cumpridos pelas empresas. Portanto, a valorização da negociação coletiva é o ponto central.

Por fim, a nova legislação também busca reduzir os riscos à saúde e ao bem-estar dos trabalhadores. Jornadas extenuantes, sem descanso adequado, podem causar impactos negativos tanto no desempenho quanto na qualidade de vida dos profissionais.

Com a exigência de folgas compensatórias e pagamentos extras, a lei reconhece a importância do tempo de descanso como parte essencial do vínculo empregatício. Dessa forma, o conjunto das novas regras amplia a proteção ao trabalhador.

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Nicole Ribeiro

Formada em Letras - Português pela Universidade do Estado de Minas Gerais, redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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