Novo golpe do INSS envolve descontos indevidos: cuidado para não cair!
Aproveitando a onda de descontos indevidos, diversos golpistas prepararam uma nova artimanha para roubar ainda mais de pessoas fragilizadas.
Nos últimos meses, os descontos indevidos nos benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) despertaram a atenção de aposentados, pensionistas e órgãos de fiscalização em todo o Brasil.
Muitos beneficiários identificaram reduções em seus valores mensais sem qualquer autorização, geralmente associadas a mensalidades de associações desconhecidas ou convênios não contratados. A situação gerou indignação, pois impacta diretamente a renda de quem depende do benefício.
Com a repercussão nacional, surgiram medidas para investigar e corrigir os descontos, mas, paralelamente, criminosos passaram a se aproveitar da fragilidade do momento para aplicar golpes. Por isso, compreender como agem os golpistas e como se proteger é importante.

Neste artigo, você confere:
Como funciona o golpe do dinheiro indevido?
Em diversas regiões do país, criminosos vêm se aproveitando da insegurança causada pelos descontos indevidos para enganar beneficiários do INSS. Eles entram em contato com aposentados ou pensionistas, principalmente idosos, por meio de ligações telefônicas, mensagens de WhatsApp ou até e-mails.
Utilizam termos técnicos, informações públicas ou manipulações emocionais para conquistar a confiança da vítima. Com isso, oferecem falsas promessas de ressarcimento imediato dos valores descontados, alegando que apenas precisam confirmar alguns dados.
Durante o contato, os golpistas solicitam dados pessoais, como número do CPF, nome completo, endereço e até informações bancárias. Em alguns casos, chegam a pedir fotos de documentos ou selfies segurando o RG, afirmando que isso seria necessário para confirmar a identidade.
Esses dados, uma vez fornecidos, possibilitam que os criminosos acessem contas, façam empréstimos em nome da vítima ou até criem falsos cadastros em instituições financeiras. A ação rápida dos golpistas torna difícil reverter os danos sem perda financeira ou emocional.
Além disso, os golpistas costumam se aproveitar do momento em que o governo anuncia medidas para ressarcimento de valores realmente descontados indevidamente. Essa coincidência confunde ainda mais os beneficiários, que acreditam estar lidando com um processo legítimo.
Porém, o INSS já declarou oficialmente que não realiza nenhum tipo de contato direto por mensagens, links ou ligações telefônicas para tratar desses assuntos. O único meio seguro é o aplicativo Meu INSS, o telefone 135 ou atendimento presencial.
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Como se proteger do golpe do desconto indevido?
Confira abaixo cinco dicas práticas para se proteger contra tentativas de golpe relacionadas aos descontos indevidos do INSS:
- Nunca compartilhe dados pessoais com desconhecidos: Jamais forneça informações como CPF, número de benefício, dados bancários ou documentos por telefone, WhatsApp, e-mail ou redes sociais, mesmo que o contato pareça confiável.
- Desconfie de promessas de ressarcimento imediato: Golpistas usam a pressa como ferramenta para enganar. O INSS não oferece devoluções por mensagem, muito menos exige envio de documentos ou fotos para esse tipo de liberação.
- Utilize apenas canais oficiais do INSS: Acesse o aplicativo Meu INSS, disponível na App Store e Google Play, ou ligue para o número 135. Também é possível buscar atendimento presencial em agências do INSS ou nos Correios.
- Não clique em links recebidos por SMS, WhatsApp ou e-mail: Esses links podem levar a páginas falsas que roubam seus dados. O INSS não envia links diretos para tratar de ressarcimentos ou outras questões sensíveis.
- Informe às autoridades sobre tentativas de golpe: Ao identificar uma tentativa de fraude, denuncie ao Procon, à Polícia Civil ou diretamente à Ouvidoria do INSS. Esse comportamento ajuda a evitar que outras pessoas sejam vítimas.
Data para ressarcimento já saiu
O governo federal já definiu a data para o início da devolução dos valores descontados indevidamente dos benefícios previdenciários. A partir de 24 de julho, o INSS começará a efetuar os pagamentos aos segurados prejudicados, de acordo com critérios técnicos e prioridades estabelecidas pelo STF.
A União se comprometeu a apresentar, até 15 de julho, um plano para organizar a devolução, que deverá ocorrer de forma automática, sem necessidade de solicitação individual, sempre que for possível identificar o valor e o destinatário de forma clara.
O governo garantiu que todos os beneficiários receberão o valor integral com correção monetária. Porém, pessoas consideradas hipervulneráveis, como indígenas, quilombolas e idosos com mais de 80 anos, terão prioridade no cronograma de reembolso.
Esse cuidado visa minimizar os danos em quem possui maior dificuldade de acesso aos meios digitais ou condições de autodefesa. Enquanto isso, o governo segue articulando com o Congresso a abertura de crédito extraordinário para viabilizar os pagamentos sem comprometer outros compromissos financeiros.
O que fazer se caí no golpe?
Quem já caiu em um golpe relacionado ao suposto ressarcimento de descontos indevidos do INSS deve agir rapidamente. O primeiro passo é registrar um boletim de ocorrência na delegacia mais próxima ou de forma online, quando disponível.
Esse registro formal é essencial para proteger os direitos da vítima e iniciar investigações. Em seguida, o beneficiário deve comunicar o banco sobre a fraude, especialmente se tiver fornecido dados financeiros, para evitar novas movimentações indevidas ou solicitar o bloqueio de possíveis operações.
Além disso, é fundamental entrar em contato com o INSS por meio do aplicativo Meu INSS ou pelo telefone 135, informando que houve uma tentativa ou ocorrência de golpe. O órgão pode fornecer orientações específicas, verificar se houve alguma alteração no benefício e registrar a denúncia.
A vítima ainda pode procurar auxílio junto ao Procon de sua cidade, que oferece suporte jurídico gratuito e pode intermediar a resolução com instituições financeiras, caso o golpe envolva empréstimos ou movimentações bancárias.
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