Finanças

Novo teto de faturamento do MEI é aprovado: saiba quando começa

O MEI pode estar prestes a conseguir um novo teto de faturamento, que vai permitir que seus ganhos sejam ampliados.

O regime do Microempreendedor Individual, conhecido como MEI, consolidou-se como uma das principais portas de entrada para a formalização de negócios no Brasil. Ele foi criado para simplificar a vida de pequenos empreendedores.

Esse regime garante acesso a benefícios previdenciários, abre oportunidades de crédito e reduz a carga burocrática que antes afastava muitos trabalhadores da formalidade. Além disso, o modelo tornou possível que milhões de brasileiros atuassem com segurança jurídica.

Com regras claras e obrigações proporcionais ao tamanho do negócio, o MEI fortalece a economia ao incentivar a criação de empresas em diversas áreas. Assim, compreender as mudanças propostas e os impactos desse regime é essencial para quem deseja crescer de forma estruturada nos próximos anos.

O MEI pode ficar animado, pois o teto de faturamento está prestes a aumentar.
O MEI pode ficar animado, pois o teto de faturamento está prestes a aumentar. / édito: @jeanedeoliveirafotografia / procred360.com.br

Teto de faturamento do MEI pode aumentar

O Projeto de Lei Complementar 67/25 trouxe um ponto de grande interesse para os microempreendedores, já que propõe ampliar o teto de faturamento do MEI. Atualmente, o limite fixado em R$ 81 mil por ano limita a capacidade de expansão de muitos negócios que desejam crescer.

A proposta de elevação para R$ 150 mil, válida a partir de 2026, promete dar novo fôlego a quem busca ampliar receitas mantendo a proteção do modelo. Esse avanço reflete a necessidade de atualização frente ao crescimento econômico e ao aumento do custo de vida.

Outro destaque importante no projeto envolve a criação de um mecanismo de correção automática do teto pelo IPCA, índice oficial que mede a inflação no país. Esse ajuste anual evitará que o valor fique defasado com o passar do tempo, preservando o poder de compra e garantindo mais previsibilidade.

Dessa forma, ao invés de depender de novas leis a cada período, o limite passará por revisões periódicas alinhadas ao cenário econômico real. Essa medida reduz a insegurança e fortalece o planejamento de longo prazo para quem já atua como MEI.

O avanço do projeto na Comissão de Indústria, Comércio e Serviços da Câmara representa apenas o primeiro passo da tramitação. Agora, o texto seguirá para as comissões de Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça, antes de chegar ao Plenário.

Durante esse processo, os parlamentares avaliarão impactos fiscais e concorrenciais, o que gera expectativas entre milhões de microempreendedores. Enquanto isso, o debate ganha relevância nacional, já que mudanças no regime do MEI repercutem diretamente em diversos setores da economia.

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O que muda para o MEI?

Até hoje, o limite de faturamento do MEI permaneceu congelado em R$ 81 mil por ano, valor que já não acompanhava a realidade do mercado. Muitos microempreendedores, ao ultrapassarem esse teto, precisaram migrar para regimes tributários mais complexos, como o Simples Nacional.

Eles acabam enfrentando maior burocracia e custos mais elevados. Essa situação frequentemente desestimulava a expansão dos negócios, pois o crescimento trazia obrigações desproporcionais. Com a atualização, esse obstáculo tende a ser amenizado.

A elevação do limite e a correção anual pelo IPCA significam mais estabilidade para quem deseja crescer dentro do regime. Esse novo cenário permite que empreendedores mantenham suas atividades formalizadas, sem a necessidade imediata de alterar sua forma jurídica.

Assim, eles poderão aumentar faturamento, contratar mais serviços e ampliar sua base de clientes com maior segurança. Além disso, a previsibilidade do ajuste anual auxilia no planejamento financeiro e na projeção de resultados a médio e longo prazo.

Enquanto o Congresso analisa os possíveis impactos fiscais dessa mudança, especialistas já destacam benefícios para a economia. Segundo o Sebrae, os MEIs movimentam cerca de R$ 70 bilhões por ano, valor que demonstra a relevância desse público para o país.

Portanto, medidas que ampliem sua capacidade de faturamento podem refletir em mais arrecadação, mais empregos indiretos e maior circulação de recursos. Para os empreendedores, trata-se de um marco que pode transformar o futuro de seus negócios.

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Outros benefícios garantidos ao microempreendedor

Além da possível ampliação do teto de faturamento, o MEI já conta com vantagens que estimulam a formalização e fortalecem a jornada empreendedora. Entre os principais benefícios, destacam-se:

  • Acesso à previdência social: o MEI contribui mensalmente e garante direitos como aposentadoria por idade, auxílio-doença e salário-maternidade, fortalecendo a proteção social.
  • Emissão de nota fiscal: ao emitir notas, o microempreendedor amplia oportunidades de negócio, já que empresas e órgãos públicos exigem o documento em contratações.
  • Linhas de crédito diferenciadas: bancos oferecem condições especiais para MEIs, com juros menores e prazos mais acessíveis, o que facilita investimentos no crescimento.
  • Cobertura para dependentes: os familiares do MEI também podem ser beneficiados por pensão por morte e auxílio-reclusão, garantindo segurança financeira em momentos de necessidade.
  • Menor carga tributária: o regime prevê pagamento simplificado de impostos em guia única mensal, reduzindo a burocracia e permitindo maior foco na gestão do negócio.

Esses benefícios tornam o regime do MEI um caminho estratégico para formalizar pequenos negócios com custos reduzidos e vantagens relevantes. Com a possibilidade de aumento do limite de faturamento e a correção anual automática, a categoria tende a se fortalecer ainda mais nos próximos anos.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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