O Pix automático é uma novidade do Banco Central que entrou em vigor há poucos dias. Até o momento, poucas pessoas sabem como utilizar.
Nos últimos anos, o Pix transformou a forma como os brasileiros movimentam seu dinheiro. Em 2024, mais de 60% da população utilizou o sistema ao menos uma vez por mês, consolidando-o como o meio de pagamento mais popular do país.
Com um total de 165,8 milhões de usuários até o final de junho, o Pix já superou amplamente o uso de dinheiro vivo em diversas situações cotidianas. Esse crescimento acelerado não apenas evidencia a adesão da população ao meio digital, mas também indica avanços importantes na inclusão financeira.
O Banco Central registrou que, até o período citado, cerca de 71,5 milhões de pessoas passaram a integrar o sistema financeiro graças ao Pix. A combinação entre agilidade, gratuidade e facilidade de uso segue atraindo novos usuários a cada dia.

Neste artigo, você confere:
Banco Central lança Pix automático
Em mais um passo para modernizar os pagamentos no Brasil, o Banco Central anunciou o lançamento do Pix automático. A nova funcionalidade permite a realização de pagamentos recorrentes por meio da plataforma Pix, de maneira semelhante ao atual débito automático.
Para se ter ideia, o Banco do Brasil tornou-se a primeira instituição financeira a disponibilizar o recurso para todos os seus clientes, tanto pessoas físicas quanto jurídicas. A implementação ocorreu após testes conduzidos em parceria com o Banco Central. Ela chega em outras instituições a partir de 16 de junho.
Além de sair na frente, o Banco do Brasil passou a oferecer dois diferenciais importantes no uso do Pix automático. O primeiro permite o agendamento de cobranças com até 90 dias de antecedência, enquanto a maioria dos bancos deve liberar um prazo máximo de apenas dez dias.
O segundo diferencial está na possibilidade de direcionar os valores recebidos para até seis contas diferentes, o que amplia a flexibilidade e a organização financeira dos usuários. Esses recursos buscam atender tanto às necessidades de consumidores quanto de empresas.
A expectativa é de que a praticidade e a padronização do Pix automático reduzam a inadimplência e aumentem a eficiência dos processos de pagamento. Empresas interessadas precisam apenas estabelecer parceria com bancos participantes para utilizar o novo modelo.
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Como o Pix automático funciona?
A estrutura do Pix automático se assemelha bastante ao tradicional débito automático, mas oferece maior flexibilidade e menos burocracia. Por meio do aplicativo do banco, o usuário pode autorizar pagamentos recorrentes com datas predefinidas, o que elimina a necessidade de digitar dados ou gerar boletos.
Basicamente, a empresa que cobra define a data da transação e, quando o momento chega, o valor é debitado diretamente da conta do cliente, desde que ele tenha autorizado a cobrança previamente. Além disso, o sistema prevê notificações e controle total por parte do usuário, incluindo cancelamentos.
Outro diferencial é a utilização de QR Codes como ferramenta para ativar o Pix automático. Dessa forma, empresas que trabalham com cobranças presenciais ou documentos físicos também conseguem aderir à tecnologia com rapidez.
O modelo permite uma adaptação fácil para diferentes segmentos e tamanhos de negócio, o que deve impulsionar sua popularização em um curto espaço de tempo. O Pix automático reduz a necessidade de negociação entre partes a cada cobrança, oferecendo praticidade para todos os lados.
Ele pode substituir o crédito?
Embora o Pix automático traga diversas vantagens, ele ainda não substitui totalmente o uso do crédito, especialmente no que se refere à flexibilidade de parcelamento. O novo modelo cobre bem as cobranças fixas e recorrentes, mas não oferece, recursos como pagamento a prazo ou uso do limite de crédito.
Mesmo assim, o Banco Central já demonstra interesse em ampliar as funcionalidades do Pix para torná-lo mais competitivo frente às modalidades tradicionais. Então, o Pix automático pode representar uma transição gradual para usuários que buscam mais controle financeiro e menos dependência do crédito.
Por enquanto, a função atende bem quem quer automatizar despesas sem comprometer o limite do cartão ou enfrentar juros elevados. A ausência de taxas e a simplicidade operacional tornam o recurso uma alternativa eficiente para empresas e consumidores.
Proposta de Pix parcelado também está em análise
Além do Pix automático, o Banco Central já trabalha em mais uma novidade: o Pix parcelado. A proposta busca permitir que o consumidor pague em parcelas, enquanto o comerciante recebe o valor integral da venda no ato da transação. Essa sim pode acabar sendo uma concorrente do crédito.
Essa dinâmica se aproxima bastante do funcionamento dos cartões de crédito, mas com taxas possivelmente menores e menos intermediários. Com lançamento previsto para até setembro, a nova modalidade promete oferecer mais flexibilidade ao consumidor, que se endivida com o cartão.
O evento oficial de apresentação do Pix parcelado está agendado para 4 de junho, em São Paulo, e contará com representantes do setor financeiro e autoridades do Banco Central. A expectativa é alta, especialmente entre comerciantes e prestadores de serviço.
Do lado do consumidor, a novidade representa mais uma etapa na consolidação de uma economia digital acessível e eficiente. Para lojistas, é mais uma forma acessível de cobrança. A ideia é que o Pix, com suas novas versões, se torne o principal meio de pagamento no país.