Portabilidade de salário vai ficar mais fácil após aprovação do Senado
O Senado aprovou recentemente a possibilidade de facilitação da portabilidade de salário, o que vai facilitar a vida dos trabalhadores.
A portabilidade de salário representa um avanço importante na liberdade financeira do trabalhador, pois garante o direito de escolher em qual instituição bancária deseja receber seus rendimentos. Essa possibilidade estimula melhores condições de crédito.
Em um cenário de crescente digitalização e aumento da oferta de serviços financeiros, tornar o processo mais ágil e acessível se torna essencial para acompanhar as demandas da sociedade moderna. Assim, o trabalhador se torna detentor dos seus direitos.
Assim, compreender as novas regras e os impactos da recente aprovação legislativa ajuda o cidadão a utilizar de forma mais consciente esse benefício e aproveitar as oportunidades de economia e autonomia que o sistema bancário oferece.

Neste artigo, você confere:
Senado aprova portabilidade de salário
O Senado aprovou o Projeto de Lei 4.871/2024, que moderniza e simplifica o processo de portabilidade de salário, permitindo que trabalhadores, aposentados e pensionistas transfiram seus rendimentos de um banco para outro com maior rapidez e praticidade.
A votação simbólica realizada em 7 de outubro garantiu a aprovação da medida, que agora segue para sanção presidencial. A proposta estabelece que as instituições financeiras terão até dois dias úteis para efetivar a transferência solicitada pelo cliente.
Isso acaba reduzindo significativamente o tempo de espera e eliminando burocracias desnecessárias. Além disso, o projeto determina que todo o procedimento deve ocorrer por meio digital, de maneira simples, segura e totalmente acessível.
Segundo o texto, a portabilidade somente poderá ser recusada mediante justificativa clara e objetiva, o que evita práticas abusivas e protege o consumidor contra negativa injustificada. Essa medida reforça o direito de autonomia do correntista e incentiva um ambiente de maior transparência.
O relator da proposta, senador Eduardo Braga (MDB-AM), destacou que a iniciativa tem importância especial neste momento em que o Congresso analisa questões relacionadas a empréstimos consignados. Para ele, o objetivo central é assegurar ao titular a liberdade de movimentar seus recursos.
Além disso, o Banco Central ficará responsável por definir o prazo exato de transferência dos recursos das contas-salário, garantindo uniformidade e segurança no processo. Essa atribuição confere ao órgão regulador papel essencial na implementação prática da lei.
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O que muda com a aprovação das mudanças de portabilidade de salário?
Com a nova legislação, os clientes poderão solicitar que parcelas de créditos contratados sejam debitadas em outras contas, o que amplia a flexibilidade de gestão financeira. Essa possibilidade depende de autorização expressa do titular, que deverá estipular o prazo e as condições para o débito.
Dessa forma, o trabalhador passa a ter maior controle sobre o fluxo de pagamentos e pode organizar melhor suas finanças pessoais. Caso queira encerrar o débito automático, o cliente poderá solicitar o cancelamento a qualquer momento, reforçando o princípio da autonomia sobre suas movimentações.
O texto ainda prevê que as instituições financeiras poderão cobrar encargos relacionados a essas operações, cabendo ao Banco Central definir os limites e as condições dessas tarifas. Essa medida busca equilibrar o direito do consumidor com a sustentabilidade operacional dos bancos.
Além disso, o processo digital e simplificado reduz custos, elimina etapas intermediárias e estimula o uso de ferramentas tecnológicas seguras. Dessa maneira, a portabilidade de salário se torna não apenas mais rápida, mas também mais eficiente e acessível a diferentes perfis de usuários.
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Direito à informação também está no texto
O projeto aprovado pelo Senado não se limita à portabilidade de salário, pois também fortalece o direito à informação do consumidor no relacionamento com as instituições financeiras. O texto determina que contratos e canais digitais exibam de forma clara o custo efetivo total (CET) e as taxas de juros.
Além disso, os clientes deverão receber alertas mensais sobre débitos em modalidades rotativas, como cartão de crédito e cheque especial, permitindo maior controle sobre dívidas e evitando o endividamento excessivo.
Outra medida importante é a proibição do aumento automático de limites de crédito sem o consentimento do cliente. Essa regra impede que bancos ampliem o valor disponível em cartões ou cheques especiais sem autorização.
Isso frequentemente leva consumidores ao uso inadvertido do crédito e ao pagamento de juros elevados. O texto ainda prevê que devedores em atraso recorrente recebam informações e orientações adequadas para renegociar suas dívidas de forma responsável.
Além disso, qualquer aumento nas taxas de juros deverá ser comunicado com, no mínimo, trinta dias de antecedência. Por fim, o projeto determina que propagandas e ofertas de crédito utilizem linguagem clara, direta e acessível, incluindo alertas sobre riscos de endividamento.
Essa exigência amplia a transparência e reforça o compromisso das instituições com práticas éticas e informativas. Assim, o conjunto de medidas fortalece a relação entre bancos e consumidores, promovendo mais segurança, autonomia e consciência financeira.
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