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Saiba como fazer o INSS reconhecer sua união estável e garantir benefícios

Uma união estável, embora não seja como um casamento, ainda garante diversos benefícios previdenciários. Por isso é importante conseguir aval do INSS.

A união estável é reconhecida pelo ordenamento jurídico brasileiro como uma forma legítima de constituição de família. Esse tipo de relação se caracteriza por uma convivência pública, contínua e duradoura, na qual o casal demonstra o objetivo de construir uma vida em comum.

Diferente do casamento, ela não exige cerimônia civil ou religiosa, tampouco registro em cartório para existir. Ainda assim, produz efeitos legais relevantes e garante acesso a benefícios previdenciários junto ao INSS.

Por isso, compreender como funciona o reconhecimento da união estável e de que forma ela pode assegurar direitos é essencial. Essa compreensão permite que os companheiros se protejam juridicamente, evitem perdas financeiras e saibam quais caminhos seguir em situações delicadas.

Se você tem uma união estável, veja como conseguir benefícios do INSS.
Se você tem uma união estável, veja como conseguir benefícios do INSS. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / procred360.com.br

Como fazer o INSS reconhecer a união estável?

O reconhecimento da união estável perante o INSS depende da apresentação de provas consistentes que demonstrem a existência da relação. Não basta apenas declarar a convivência; é preciso mostrar que ela se construiu de maneira estável, pública e voltada para a constituição de família.

Além disso, o INSS costuma exigir ao menos três documentos formais para considerar válida a união estável. Esse cuidado busca reduzir fraudes e assegurar que apenas relações legítimas recebam benefícios.

Assim, quem pretende solicitar pensão por morte ou auxílio-reclusão precisa reunir elementos que comprovem a vida em comum. Quando as provas apresentadas são frágeis, o risco de indeferimento aumenta e pode ser necessário recorrer a instâncias superiores.

Embora não seja obrigatório, o registro da união estável em cartório também ajuda a reforçar a comprovação. A escritura pública ou o contrato particular dão maior segurança jurídica, já que definem o regime de bens e o início da convivência.

Documentos necessários para comprovação

O INSS aceita diferentes provas documentais, mas exige a apresentação mínima de três delas. Entre as mais utilizadas estão:

  • Certidão de nascimento de filhos em comum
  • Declaração de Imposto de Renda em que um conste como dependente do outro
  • Certidão de casamento religioso
  • Escritura de imóvel em nome de ambos
  • Conta bancária conjunta
  • Apólice de seguro ou plano de saúde com dependente indicado
  • Contas de consumo registradas no nome dos dois
  • Fotografias e registros em redes sociais
  • Mensagens e convites que mencionem a relação

Além desses documentos, também é possível apresentar testemunhas, como amigos, vizinhos ou parentes, que confirmem a convivência. No entanto, provas exclusivamente testemunhais aumentam a subjetividade da análise, tornando o resultado menos previsível.

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Quais benefícios do INSS a união estável garante?

A união estável reconhecida pelo INSS abre caminho para benefícios previdenciários que podem fazer diferença em momentos de dificuldade. Esses direitos abrangem situações de falecimento do segurado, afastamento por prisão e até acúmulo de renda em casos específicos.

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Pensão por morte

A pensão por morte é um dos benefícios mais buscados. Para ter acesso, basta comprovar a união estável e demonstrar as contribuições do segurado falecido. A duração do pagamento depende do tempo de convivência e do número de contribuições feitas em vida.

Quando a união dura menos de dois anos ou o segurado tem menos de 18 contribuições, o benefício se limita a quatro meses. Já em situações que ultrapassam esses limites, a duração varia conforme a idade do companheiro sobrevivente, podendo ser vitalícia a partir dos 45 anos.

O valor da pensão é calculado a partir de 50% da aposentadoria que o segurado recebia ou teria direito, acrescido de 10% para cada dependente, até o limite de 100%. Isso significa que um companheiro sem filhos menores recebe 60% do valor total.

Auxílio-reclusão

Outro benefício disponível é o auxílio-reclusão, voltado a dependentes de segurados de baixa renda que estejam presos em regime fechado. A união estável garante ao companheiro ou companheira o direito de solicitar o pagamento, desde que o segurado tenha mantido contribuições regulares.

O valor corresponde a um salário mínimo mensal, que atualmente é de R$ 1.518, pago durante o período de reclusão. Esse benefício tem caráter assistencial e protege financeiramente a família em um momento de vulnerabilidade.

Acúmulo com aposentadoria

A união estável também permite o acúmulo da pensão por morte com aposentadoria própria. No entanto, após a reforma previdenciária de 2019, esse acúmulo segue regras específicas. O beneficiário recebe integralmente o benefício de maior valor, enquanto o segundo passa por redução proporcional.

Essa medida foi criada para evitar duplicação plena de rendimentos e equilibrar os gastos do INSS. Ainda assim, o acúmulo continua sendo uma alternativa vantajosa para garantir renda extra em situações de perda.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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