Finanças

Saiba quanto rende R$ 1.000 com a Selic a 15% nas principais plataformas de investimento

A Selic está nas alturas, o que pode ser um bom sinal para quem quer começar seu próprio investimento e tem R$ 1 mil para começar.

Fazer um bom investimento representa mais do que apenas buscar lucros; trata-se de uma estratégia essencial para construir estabilidade e realizar objetivos financeiros com maior previsibilidade. Em um cenário econômico marcado por variações de juros, inflação e mudanças no mercado, é bom se cuidar.

Quem investe com informação amplia suas possibilidades de retorno, mesmo em tempos desafiadores. Com o aumento da taxa Selic, que atualmente gira em torno de 15%, o rendimento de ativos de renda fixa ganhou destaque, impulsionando o interesse por alternativas à tradicional caderneta de poupança.

Nesse contexto, conhecer os diferentes tipos de aplicações e entender como cada uma se comporta diante da inflação e da tributação torna-se decisivo. Assim, escolher o melhor investimento exige não só atenção aos números, mas também clareza sobre metas e prazos.

Se você quer começar um investimento, é bom saber onde colocar seu dinheiro.
Se você quer começar um investimento, é bom saber onde colocar seu dinheiro. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / procred360.com.br

Quanto rende R$ 1 mil em cada tipo de investimento?

Com a Selic elevada, muitos investimentos de renda fixa passaram a oferecer retornos mais atrativos, estimulando a comparação entre alternativas disponíveis. Ao analisar o rendimento de R$ 1 mil investidos mensalmente, é possível entender o potencial de ganho de cada produto.

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Poupança

A poupança, embora isenta de Imposto de Renda, oferece rendimento real muito baixo. Tanto a versão nova quanto a antiga rendem 7,02% ao ano, o que equivale a pouco mais de R$ 6 por mês para cada R$ 1 mil aplicados.

Descontada a inflação projetada de 5,09%, o rendimento real fica em apenas 1,84%. Assim, mesmo sendo a opção mais popular no Brasil, a poupança mostra-se a menos vantajosa entre os investimentos analisados.

Tesouro Selic

O Tesouro Selic acompanha a taxa básica de juros e, por isso, tem se tornado mais competitivo. Com rendimento bruto de 14,90% e líquido de 12,29%, após o desconto do IR, o retorno real chega a 6,85%, o que é um bom rendimento.

Cada R$ 1 mil aplicados mensalmente tendem a render quase o dobro do que a poupança proporciona, consolidando-se como uma escolha sólida para quem busca segurança e rentabilidade razoável em um cenário de Selic elevada.

CDB

O CDB de bancos médios apresenta uma rentabilidade bruta de 17,14% e líquida de 14,14%, com rendimento real de 8,61%. Isso significa que R$ 1 mil aplicados mensalmente rendem valores acima de R$ 11, superando com folga a poupança e até mesmo o Tesouro Selic.

Já os CDBs de grandes bancos oferecem rendimento bruto de 11,18% e líquido de 9,22%, o que reduz o ganho real para 3,93%, ainda assim superior ao da poupança, mas inferior às opções mais rentáveis, por isso é bom ficar atento.

LCI e LCA

As Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA) destacam-se por serem isentas de IR, o que melhora diretamente o rendimento líquido. A LCI apresenta ganho real de 9,48%, enquanto a LCA atinge 9,05%.

Com isso, ambos os investimentos proporcionam mais de R$ 12 por mês para cada R$ 1 mil investidos, consolidando-se como alternativas extremamente eficientes para quem busca bons retornos sem tributação.

LC e RDB

A Letra de Câmbio (LC) entrega uma rentabilidade líquida de 14,75%, resultando em ganho real de 9,19%. Já o Recibo de Depósito Bancário (RDB) apresenta rendimento líquido de 14,26% e real de 8,73%. Esses ativos demonstram excelente desempenho, especialmente em tempos de juros altos.

Debênture incentivada

As debêntures incentivadas, também isentas de IR, oferecem um dos maiores retornos reais do mercado: 11,32% ao ano. Esse rendimento garante quase R$ 13 mensais para cada R$ 1 mil aplicados. Embora exijam maior atenção quanto à solidez da empresa emissora, essas debêntures têm boa rentabilidade.

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Qual a melhor opção de investimento atualmente?

Diante do cenário de juros altos, a escolha da melhor aplicação depende de uma análise cuidadosa entre rentabilidade, liquidez, riscos e tributação. Investimentos como LCI, LCA e debêntures incentivadas demonstram grande vantagem por não sofrerem incidência de IR, o que maximiza o rendimento líquido.

Esses produtos apresentam retorno real acima de 9%, sendo superiores inclusive ao CDB de bancos médios, que possui ótimo desempenho, mas sofre desconto tributário. O Tesouro Selic surge como uma alternativa eficiente para investidores que prezam por segurança e liquidez.

Sua rentabilidade acompanha a Selic e oferece retorno estável mesmo em períodos de incerteza econômica. Além disso, sua acessibilidade e baixo risco tornam essa opção ideal para quem inicia no mundo dos investimentos.

Por outro lado, quem busca um equilíbrio entre retorno elevado e um risco moderado pode optar por CDBs de instituições sólidas ou debêntures incentivadas, desde que faça uma análise criteriosa da empresa emissora.

A poupança, embora ofereça praticidade e isenção de impostos, revela-se a pior alternativa em termos de rentabilidade real. Seus rendimentos não acompanham o cenário atual de inflação e juros altos, o que compromete o poder de compra ao longo do tempo.

Dessa forma, ao avaliar todas as opções disponíveis, o investidor deve priorizar aplicações que protejam o capital da inflação e ofereçam retorno real positivo, como LCI, LCA, debêntures incentivadas e Tesouro Selic, sempre de acordo com seu perfil e objetivos.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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