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Senado aprova nova tabela do Imposto de Renda: veja o que mudou

A nova tabela do Imposto de Renda vai determinar quem deve pagar o que e quanto cada pessoa deve declarar, conforme sua faixa de renda.

O Imposto de Renda é um tributo federal que incide sobre os rendimentos recebidos por pessoas físicas e jurídicas ao longo do ano, abrangendo salários, aluguéis, investimentos e outras fontes de receita. Ele funciona como um instrumento de arrecadação e de redistribuição de renda.

Por meio de uma tabela progressiva, a Receita aplica alíquotas maiores sobre rendas mais altas. Assim, quanto maior o ganho, maior a contribuição proporcional para o governo. Essa cobrança é essencial para financiar políticas públicas e serviços essenciais, como saúde, educação e segurança.

Todos os anos, milhões de brasileiros precisam prestar contas à Receita Federal, declarando seus ganhos e despesas dedutíveis. Mudanças na tabela do Imposto de Renda impactam diretamente a vida financeira dos contribuintes, tornando fundamental compreender cada atualização.

Se você declara IRPF, veja como ficou a nova tabela do Imposto de Renda.
Se você declara IRPF, veja como ficou a nova tabela do Imposto de Renda. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / procred360.com.br

Senado aprova nova tabela do Imposto de Renda

O Senado aprovou, em votação realizada no dia 7, o Projeto de Lei que atualiza os valores da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física e amplia o limite da primeira faixa de isenção. A alteração eleva o teto dessa faixa de R$ 2.259,20 para R$ 2.428,80.

Isso acaba ampliando o número de contribuintes que não precisarão pagar o tributo. Essa decisão marca mais um passo na política de reajuste promovida pelo governo atual, que busca aliviar o peso do imposto para as rendas mais baixas.

Com essa nova regra, quem recebe até R$ 3.036,00 mensais continuará isento do pagamento, considerando o desconto simplificado. Essa medida, no entanto, só terá reflexos nas declarações a serem entregues em 2026, ainda que os efeitos comecem a ser sentidos em maio deste ano.

A mudança atende parcialmente a demandas antigas de atualização da tabela, que ficou sem reajustes de 2015 até o início do atual governo. Vale destacar que esta é a terceira alteração na faixa de isenção promovida na atual gestão, reforçando o compromisso de reajustar a tabela gradualmente.

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O que muda na prática?

Na prática, a principal mudança está no aumento da faixa de isenção, que beneficiará diretamente trabalhadores e aposentados que recebem até o novo limite mensal estabelecido. Esse reajuste representa uma economia real no orçamento de quem se enquadra nessa faixa.

Isso acontece porque ela deixa de ter descontos mensais de Imposto de Renda retido na fonte. Além disso, a alteração tende a ampliar o poder de compra dessa parcela da população, movimentando a economia de forma indireta.

Apesar dessa vantagem, é importante observar que as demais faixas da tabela do Imposto de Renda não sofreram alterações. Isso significa que quem está acima do limite de isenção continuará pagando o mesmo percentual de imposto definido anteriormente.

Por exemplo, a alíquota máxima de 27,5% segue aplicada para rendimentos superiores a R$ 4.664,68 por mês. Essa decisão mantém a estrutura tributária praticamente inalterada para a maioria dos contribuintes de renda média e alta.

Além disso, o governo preservou os valores de dedução por dependente, despesas com educação e desconto para declaração simplificada. Assim, o desconto anual por dependente continua em R$ 2.275,08, o valor máximo de dedução com educação permanece em R$ 3.651,50.

O teto do desconto simplificado segue em R$ 16.754,34. Essa manutenção evita mudanças adicionais que poderiam complicar o planejamento financeiro de quem já se organizou com base nas regras atuais e não quer sofrer um grande baque.

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Confira como ficou a nova tabela do Imposto de Renda

A nova tabela do Imposto de Renda começa a valer oficialmente a partir de maio, mas os contribuintes só perceberão o impacto total na declaração do ano seguinte. Isso acontece porque o cálculo do imposto considera todos os rendimentos e deduções acumulados ao longo do ano-calendário.

O modelo de tabela progressiva permanece em vigor, aplicando alíquotas diferentes de acordo com a faixa de rendimento. O aumento no limite da faixa de isenção significa que uma parcela maior da renda fica livre de tributação, reduzindo o valor efetivo a pagar.

No entanto, como não houve reajuste nas faixas intermediárias e superiores, a carga tributária para rendas médias e altas permanece estável. A divulgação oficial da nova tabela permite que contadores, empresas e contribuintes ajustem seus cálculos e revisem estratégias para otimizar o pagamento.

Nova tabela do Imposto de Renda. / Fonte: Receita Federal
Nova tabela do Imposto de Renda. / Fonte: Receita Federal

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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