Valor do salário mínimo de 2026 já tem previsão do governo; saiba mais
O governo, com base na economia dos últimos meses, já está prevendo um possível valor para o salário mínimo do próximo ano.
O salário mínimo exerce papel essencial na economia brasileira, pois influencia diretamente o poder de compra dos trabalhadores, o custo das empresas e o equilíbrio das contas públicas. Além de representar a base da remuneração formal, ele afeta benefícios previdenciários e programas sociais.
Por isso, qualquer reajuste desperta atenção tanto de empregados quanto de empregadores, já que impacta milhões de pessoas e determina padrões de renda em todo o país. Em um cenário de inflação controlada e políticas fiscais mais rígidas, compreender as projeções.
Assim, analisar as estimativas para 2026 permite entender não apenas o comportamento econômico do governo, mas também as perspectivas de valorização do trabalho nos próximos anos. O valor ainda pode mudar, mas a previsão dá uma ideia.

Neste artigo, você confere:
Previsão do salário mínimo para 2026
As projeções do governo federal indicam que o salário mínimo poderá atingir R$ 1.631 em 2026, segundo o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) encaminhado ao Congresso Nacional em 29 de agosto. Esse valor representa aumento de 7,45% em relação ao piso atual de R$ 1.518.
O cálculo considera a inflação estimada em 4,78%, medida pelo INPC, e o crescimento do Produto Interno Bruto de dois anos anteriores, limitado a 2,5%. Essa política segue a nova regra de valorização do salário mínimo, estabelecida pelo arcabouço fiscal recentemente aprovado, garantindo reajuste real.
O projeto também revela uma tendência de elevação gradual nos anos seguintes. O governo prevê um piso nacional de R$ 1.725 para 2027, R$ 1.823 para 2028 e R$ 1.908 para 2029, o que demonstra continuidade na valorização da renda básica do trabalhador.
Além disso, o valor projetado para 2026 é um real superior ao previsto anteriormente no Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO), o que reforça o compromisso do governo em manter ganhos reais, mesmo diante de limitações orçamentárias.
Portanto, a projeção do salário mínimo de R$ 1.631 simboliza um avanço moderado, mas consistente, dentro de uma política que busca conciliar valorização social e prudência econômica. Esse aumento segue critérios técnicos, garantindo previsibilidade e transparência nas decisões fiscais.
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Qual será o impacto fiscal da alteração?
O reajuste do salário mínimo não se limita à renda individual do trabalhador, pois gera impacto direto nas despesas e receitas do governo federal. Segundo estimativas oficiais, cada aumento de R$ 1 no piso nacional eleva as despesas públicas em aproximadamente R$ 429,3 milhões por ano.
Em contrapartida, a arrecadação previdenciária cresce R$ 7,4 milhões, resultando em um efeito líquido negativo de cerca de R$ 422 milhões. Esse impacto decorre principalmente do reajuste automático de benefícios vinculados ao mínimo, como aposentadorias, pensões e auxílios sociais.
O aumento do piso também influencia o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o abono salarial, além de repercutir em contratos de trabalho, contribuições previdenciárias e cálculos de indenizações. Dessa forma, o salário mínimo atua como referência fundamental em várias políticas públicas.
Quando o valor sobe, o governo precisa destinar mais recursos para honrar essas obrigações, o que exige planejamento fiscal rigoroso. No entanto, o reajuste também estimula o consumo, gerando efeitos positivos sobre a arrecadação e a atividade econômica.
Assim, o desafio do governo consiste em equilibrar os benefícios sociais com a responsabilidade fiscal. Embora o aumento melhore o poder de compra e reduza desigualdades, ele pressiona as contas públicas, especialmente em tempos de restrição orçamentária.
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Como fica o salário mínimo líquido em 2026?
O salário mínimo líquido representa o valor efetivamente recebido pelo trabalhador após os descontos obrigatórios. Em 2025, quem ganha R$ 1.518 tem desconto de 7,5% referente ao INSS, o que resulta em um pagamento líquido aproximado de R$ 1.404,15.
Para 2026, considerando a previsão de R$ 1.631 e mantendo a mesma alíquota, o desconto previdenciário seria de cerca de R$ 122,32, o que deixaria o valor líquido próximo de R$ 1.508,68. O Imposto de Renda não incide, pois o salário mínimo permanece abaixo da faixa de tributação mensal.
Além do desconto previdenciário, podem ocorrer outras deduções, dependendo do contrato de trabalho. Entre elas estão vale-transporte, vale-refeição, plano de saúde, seguro e pensão alimentícia, caso exista determinação judicial.
Esses descontos variam conforme as políticas internas das empresas e os acordos individuais firmados entre empregador e empregado. Assim, o valor líquido final pode diferir de pessoa para pessoa, mesmo quando o salário-base é o mesmo.
As alíquotas de contribuição do INSS são progressivas, ou seja, aumentam conforme a faixa salarial. Para 2025, os percentuais são os seguintes:
- até R$ 1.518,00, a alíquota é de 7,5%;
- de R$ 1.518,01 até R$ 2.793,88, a taxa sobe para 9%;
- de R$ 2.793,89 até R$ 4.190,83, aplica-se 12%;
- de R$ 4.190,84 até R$ 8.157,41, a contribuição atinge 14%.
Existe ainda um teto previdenciário, limitando a base de cálculo para quem ganha acima desse valor. Em resumo, o salário mínimo líquido de 2026 deve manter um padrão semelhante ao atual, assegurando ao trabalhador ganhos reais moderados e maior previsibilidade nas finanças pessoais.
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