Finanças

Banco Central vai aumentar punições para fraudes do Pix

O aumento das fraudes envolvendo o Pix fez com que o Banco Central aumentasse a segurança da modalidade, juntamente com as punições para culpados.

O Pix revolucionou o sistema financeiro brasileiro ao permitir transferências instantâneas, gratuitas e disponíveis 24 horas por dia. Desde seu lançamento em 2020, a ferramenta conquistou milhões de usuários, tornou-se parte do cotidiano da população e impulsionou a inclusão digital e bancária.

Além disso, empresas de diferentes setores passaram a utilizá-lo como meio preferencial de recebimento, devido à agilidade e à praticidade que oferece. Contudo, a grande popularidade também trouxe desafios, especialmente relacionados à segurança e à prevenção de fraudes.

Por esse motivo, o Banco Central mantém constante vigilância sobre o funcionamento da plataforma e anuncia medidas para reforçar sua governança. Dessa forma, busca proteger tanto consumidores quanto instituições financeiras em um ambiente cada vez mais exposto a riscos.

Quem realizar fraudes no Pix pode acabar se dando mal.
Quem realizar fraudes no Pix pode acabar se dando mal. / Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / procred360.com.br

BC aumenta segurança do Pix e punição para fraudadores

O Banco Central implementou mudanças no regulamento do Pix que reforçam a segurança e ampliam o rigor no combate a fraudes. Entre as alterações, uma das mais relevantes foi a exclusão automática de instituições que não cumprirem a exigência de patrimônio líquido mínimo de R$ 5 milhões.

Outra mudança importante diz respeito ao prazo para que instituições punidas com exclusão possam solicitar novo acesso ao Pix. Anteriormente, esse período era de 12 meses, mas agora foi ampliado para 60 meses.

Essa extensão aumenta a responsabilidade dos participantes e desestimula comportamentos de risco. Além disso, mostra que o Banco Central busca coibir práticas nocivas e dar mais tempo para análise criteriosa antes de uma eventual reintegração.

Os participantes também receberam mais autonomia para estabelecer limites de valor por transação de acordo com o perfil de risco e comportamento do cliente. Dessa forma, cada instituição pode ajustar a segurança às características da sua base, sem depender apenas dos limites estabelecidos pela TED.

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Regras do Pix são enrijecidas

As novas regras também ampliam mecanismos de bloqueio cautelar, que antes se aplicavam apenas a pessoas físicas e agora alcançam também pessoas jurídicas. Essa ampliação evita que empresas envolvidas em atividades suspeitas utilizem o Pix para operações fraudulentas.

Outro ponto fundamental foi a criação de critérios mínimos e objetivos para identificar transações suspeitas de fraude. Até então, a análise ocorria de forma mais subjetiva, o que dificultava padronizar a atuação das instituições.

Agora, com parâmetros claros, os bancos conseguem agir de maneira mais ágil e precisa, bloqueando movimentações que apresentem risco real. Essa padronização fortalece a governança e garante maior confiabilidade no sistema.

As restrições automáticas também ganharam destaque nas mudanças. Clientes envolvidos em notificações de fraude passam a sofrer bloqueio imediato de transações via Pix, além da rejeição de pedidos de registro, portabilidade e reivindicação de chaves.

Essa medida evita reincidência e impede que fraudadores explorem brechas para continuar agindo. Ao adotar essa postura mais rígida, o Banco Central demonstra que a proteção dos usuários está no centro de suas decisões.

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Novas penalidades para fraudes

Paralelamente às regras mais rígidas, o Banco Central lançou um novo Manual de Penalidades. Esse documento estabelece parâmetros mais claros e garante proporcionalidade na aplicação de sanções para quem cruzar a linha.

Uma novidade foi a inclusão da advertência para casos de menor gravidade, permitindo que instituições ajustem falhas sem sofrer punições extremas. Esse recurso traz equilíbrio ao sistema e contribui para a melhoria contínua dos processos internos.

Outra inovação foi a criação de multas escalonadas de acordo com a capacidade econômica de cada instituição. Essa abordagem evita distorções e garante que penalidades sejam proporcionais ao porte da entidade envolvida.

Além disso, a reincidência agora é considerada fator agravante, o que aumenta a pressão para que os participantes mantenham conduta correta. Dessa maneira, o Banco Central incentiva práticas responsáveis e inibe irregularidades.

Por fim, o manual estabelece limites para o valor máximo das multas em um mesmo processo, além de prever a possibilidade de exclusão definitiva do sistema em situações graves ou de repetidas infrações por parte de uma pessoa.

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Nicole Ribeiro

Graduanda em Jornalismo na pela Universidade do Estado de Minas Gerais, formada em Letras - Português também pela UEMG. Redatora freelancer e revisora de artigos e textos acadêmicos. Apaixonada por gatos e pelo conhecimento.

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